domingo, 30 de setembro de 2012


Estudo de Caso e Montagem de Plano de Ação do AEE II





Anexo III - ROTEIRO PARA PLANO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

 A. Plano de AEE: são as ações desenvolvidas para atender as necessidades do aluno.

São específicas do AEE para que o aluno possa ter acesso ao ambiente e a conhecimentos escolares de forma a garantir com autonomia o acesso, a permanência e a participação dele na escola.

1. Objetivos do plano:
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2. Organização do atendimento:
Período de atendimento: de (mês) ... a(mês) ...

Freqüência (número de vezes por semana para atendimento ao aluno):
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Tempo de atendimento (em horas ou minutos):
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Composição do atendimento: ( ) individual ( ) coletivo
Outros:
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3. Atividades a serem desenvolvidas no atendimento ao aluno: Consulte os fascículos desta coletânea para selecionar atividades relativas aos objetivos do Plano de AEE.

4. Seleção de materiais a serem produzidos para o aluno.
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5. Adequações de materiais: liste os materiais que necessitem de adequações para atender às necessidades do aluno (por exemplo: engrossadores de lápis, papel com pautas espaçadas e outros).
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6. Seleção de materiais e equipamentos que necessitam ser adquiridos: liste os recursos materiais que precisam ser encaminhados para compra e /ou que já existem na sala de recursos multifuncionais.
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 7. Tipos de parcerias necessárias para aprimoramento do atendimento e da produção de materiais: terapeuta ocupacional para criar uma tesoura adaptada, marceneiro para executá-la, costureira para fazer uma calça com enchimento para trabalhar com a criança e outros.
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 8. Profissionais da escola que receberão orientação do professor de AEE sobre serviços e recursos oferecidos ao aluno:
Professor de sala de aula
Professor da Educação Física
Colegas de turma
Diretor escolar
Equipe pedagógica
Outros. Quais:

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 B. Avaliação dos resultados:
1. Indicação de formas de registro
O plano deverá ser avaliado durante toda a sua execução.
O registro da avaliação do plano deverá ser feito em um caderno ou ficha deacompanhamento, onde serão descritos pelo professor do AEE o uso do serviço e do recurso em sala de aula, durante o AEE e no ambiente familiar.

 No registro, deverão constar as mudanças observadas em relação ao aluno no contexto escolar: o que contribuiu para as mudanças constatadas; repercussões das ações do plano de AEE no desempenho escolar do aluno.

2. Resultados obtidos diante dos objetivos do Plano de AEE.
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C. Reestruturação do Plano: liste os pontos de reestruturação do Plano de AEE, caso os objetivos do Plano não tenham sido atingidos.
Pesquisar e implementar outros recursos.

Estabelecer novas parcerias.
Outros.

sábado, 29 de setembro de 2012


Estudo de Caso e Montagem de Plano de Ação do AEE


Roteiro ANUAL apresentado pelo MEC para :Estudo,diagnóstico, acompanhamento, avaliação, planejamento,execução de atividades com ALUNOS ANEES ATENDIDOS NA SALA MULTIFUNCIONAIS



 ANEXO I - ETAPAS DE UM ESTUDO DE CASO
Neste anexo, apresentamos as etapas de um estudo de um caso, partindo da Proposição do Caso à elaboração do Plano de AEE.
Para realizar esse estudo e elaborar o Plano de AEE desse aluno, o professor do AEE. Segue as etapas:

Etapa 1: Proposição do caso (ver anexo II - Roteiro para Proposição do caso)
O professor do AEE:

Ouve as razões que motivaram o encaminhamento do aluno para o Atendimento Educacional Especializado;

Anota a queixa trazida pelo professor do aluno, pelo próprio aluno e pela família;
Faz observação na sala de aula do aluno para avaliar sua interação com os colegas,  com a professora e com a demanda pedagógica em sala de aula, além da organização e gestão da classe pela professora de sala de aula.

Observa o aluno nos demais espaços da escola, recreio, biblioteca, refeitório e outros.

Realiza entrevista com a professora do aluno e com a família.
Faz avaliação do aluno na Sala de Recurso Multifuncionais.

Etapa 2: Análise e clarificação do problema

Nesta etapa, o professor do AEE deve identificar:

O tipo do problema: cognitivo, de linguagem; de contexto (ambiente escolar,familiar e cultural); de saúde e desenvolvimento físico; afetivo; social; de aprendizagem.

A origem do problema: se é da escola; da sala de aula comum; da relação com o professor; relacionado à família; de material pedagógico; de aprendizagem; de afetividade e sociabilidade; de cognição; de comunicação; de locomoção, outros.
O professor se pergunta, ainda, quem são as pessoas envolvidas no problema.
Para responder a estas questões, é necessário fazer relações entre as informações coletadas sobre as características do aluno e do seu meio e da relação entre os dois, apoiando-se sobre diferentes aspectos, destacando os pontos fortes e as dificuldades referentes a:
-  desenvolvimento e funcionamento cognitivo;
- linguagem;
-  ambiente: escolar (colegas e professores, ambiente na turma, gestão da classe, abordagens pedagógicas, avaliação das aprendizagens);
- familiar ( características da família e do ambiente social);
- aprendizagens escolares;
- estilos e ritmos de aprendizagem;
-desenvolvimento afetivo-social e interações sociais;
- comportamentos e atitudes do aluno em situação de aprendizagem (centrado na tarefa, respeito pela tarefa); desenvolvimento psicomotor e saúde.

As observações em sala de aula, as trocas com o aluno, com o professor responsável pela sala, entrevista com os pais e avaliação do aluno na sala de recursos multifuncionais são relacionadas entre si, para que o professor compreenda melhor as causas do problema do aluno, no âmbito do AEE.

Nesta etapa, o professor do AEE pode necessitar de fazer pesquisa bibliográfica para enriquecer seus conhecimentos sobre a problemática do aluno.

Etapa 3: Estudo e identificação do problema
Nesta etapa, o professor já é capaz de identificar o tipo e a natureza do problema, a partir das informações obtidas com o aluno, por meio de avaliação efetuada na Sala de Recursos Multifuncionais e no meio escolar e familiar na etapa1.  Ele analisa o conjunto dos dados e as relações entre eles, estabelecidas na etapa 2. O professor estuda o que provoca a situação problemática vivida por seu aluno. Nesse momento, o professor formula suas hipóteses sobre a natureza do problema. Se a situação for complexa a ponto de dificultar a elaboração de uma hipótese explicativa satisfatória, então o professor deve aprofundar sua pesquisa em busca de elementos que possam esclarecer melhor a situação-problema do aluno. Esta busca de informação poderá requerer uma avaliação mais precisa em diferentes aspectos.
O professor avalia se os conhecimentos de que dispõe são suficientes para entender o problema e propõe uma hipótese para solucionar o problema. Em caso afirmativo, ele deve escrever suas conclusões sobre os fatores que podem provocar os comportamentos que impedem o desenvolvimento de uma aprendizagem de qualidade.


O professor deve indicar os aspectos que considera positivos no aluno ou em seu ambiente, os quais podem favorecer a aprendizagem e a interação dele na classe.

Etapa 4: Solução do problema

Após a construção de uma hipótese explicativa, o professor inicia o processo de solução do problema. O professor questiona: que recursos humanos e materiais são necessários para atender ao problema? Onde encontrá-los? Eles estão disponíveis na sua comunidade? Quais os parceiros e colaboradores que podem contribuir? Onde encontrá -los?
Que potencialidades do aluno e do seu meio social e familiar podem ajudar na solução do problema?
Nesta etapa, o professor do AEE levanta possibilidades que podem facilitar a elaboração e enriquecer o seu plano de Atendimento Educacional Especializado.

Etapa 5: Elaboração do plano de AEE (ver anexo III - Roteiro para plano de Atendimento Educacional Especializado)
Para elaboração do plano de Atendimento Educacional Especializado o professor deve definir com clareza os objetivos a serem alcançados tanto na sala de recursos multifuncionais quanto na sala de aula.Ele propõe ações em parceria com o professor da sala de aula e planeja atividades a serem desenvolvidas na sala de recursos multifuncionais. Além disso, ele estabelece o período para o desenvolvimento do plano e os resultados esperados.

Após a elaboração do Plano de AEE, o professor avalia se este é coerente com a solução proposta para o problema, se é exeqüível na sua realidade e se os conhecimentos aprendidos foram suficientes para a sua elaboração. O professordeve, periodicamente, reavaliar o Plano de AEE, verificando se ele está surtindo os efeitos esperados e se precisa de ajustamentos.

ANEXO II - ROTEIRO PARA PROPOSIÇÃO DE UM CASO
As questões abaixo têm por objetivo orientar o professor do Atendimento Educacional Especializado - AEE para propor um caso. Trata-se de um roteiro e, portanto, o professor irá utilizá-lo sem a preocupação de responder pontualmente às perguntas e nem mesmo limitar-se a elas.

A proposição do caso não deverá abordar apenas a queixa da professora e o tipo de deficiência do aluno, ou dados clínicos a seu respeito. Ele deverá conhecer e descrever o contexto educacional ao qual está inserido o aluno, abordando suas dificuldades, habilidades, desejos, preferências, entre outras questões relacionadas ao seu cotidiano escolar. A coleta de dados para a descrição do caso pode ser feita por meio de observações diretas, entrevistas, gravações, avaliação escrita, análise de documentos, pareceres pedagógicos e clínicos, entre outros.

Esse material também é importante para a 2ª. Etapa do estudo de caso: análise e clarificação do problema. O roteiro não deve ser respondido como um questionário. 


A - Informações referentes ao aluno: idade, série, escolaridade, tipo de deficiência, outros.
B - Informações coletados do/sobre o aluno:
O aluno gosta da escola?
Tem amigos?
Tem um colega predileto?
Quais as atividades que ele gosta mais de fazer?
Para ele, que tarefas são mais difíceis? Por quê?
O aluno é capaz de expressar suas necessidades, desejos e interesses? De que maneira?
O aluno costuma pedir ajuda aos professores? Por quê? Qual é a opinião do aluno sobre seus professores?
Por que ele acha importante vir à escola e estudar nela?
Está satisfeito com os apoios (material pedagógico especializado, equipamentos, informática acessível, intérprete, outros atendimentos) que dispõe no momento?
Desejaria ter outros? Quais?
C - Informações coletadas da/sobre a escola:
O aluno participa de todas as atividades e interage em todos os espaços da escola?
Como? Se não participa, por quê?
Das atividades propostas para a turma, quais ele realiza com facilidade e quais ele não realiza ou realiza com dificuldades? Por quê?
Como é a participação do aluno nas atividades propostas à sua turma?
Participa das atividades integralmente, parcialmente ou não participa?
Quais são as necessidades específicas do aluno, decorrentes da deficiência?
Quais são as barreiras impostas pelo ambiente escolar?
Que tipo de atendimento educacional e/ou clínico o aluno já recebe e quais são os profissionais envolvidos?
O que os professores pensam sobre interesses e expectativas do aluno em relação à sua formação escolar?
Como é esse aluno do ponto de vista social, afetivo, cognitivo, motor, familiar e outros?
Qual a avaliação que o professor de sala de aula faz sobre o desempenho escolar desse aluno?
Quais as preocupações apontadas pelo professor de sala de aula e quais os apoios que ele sugere para que o aluno atinja os objetivos educacionais traçados para sua turma?
Como a comunidade escolar percebe a interação do aluno com seus colegas de turma?
Quais as expectativas escolares do professor em relação a esse aluno?
Quais são as principais habilidades e potencialidades do aluno, segundo os professores?
Qual é o motivo que levou o professor de sala de aula solicitar os serviços do AEE para esse aluno?
A escola dispõe de recursos de acessibilidade para o aluno, tais como: mobiliário, materiais pedagógicos, informática acessível, outros?
Quais os recursos humanos e materiais de que a escola não dispõe e que são necessários para esse aluno?
Quem avaliou os recursos utilizados por esse aluno? Eles atendem às suas necessidades?
Como é o envolvimento afetivo, social da turma com o aluno?
Qual é a opinião da escola (equipe pedagógica, diretor, professores, colegas de turma) sobre seu desenvolvimento escolar?

D. Informações coletadas da/sobre a família:
Qual é a opinião da família sobre a vida escolar do aluno?
A família se envolve com a escola? Participa de reuniões, de comemorações entre outras atividades da escola?
Tem consciência dos direitos de seu filho à educação inclusiva? Exige a garantia de seus direitos?
A família identifica habilidades, necessidades e dificuldades na vida pessoal e escolar do aluno? Quais?
Quais as expectativas da família com relação ao desenvolvimento e escolarização de seu filho?

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Algumas atividades que podem auxiliar alunos disléxicos durante as aulas:




Haverá muitas vezes :disgrafia (letra feia);discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e de decorar tabuada;dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização’;dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar seqüências de tarefas complexas;dificuldades para compreender textos escritos;dificuldades em aprender uma segunda língua.

Haverá às vezes:

dificuldades com a linguagem falada;dificuldade com a percepção espacial;confusão entre direita e esquerda.

Pré -Escola

Fique alerta se a criança apresentar alguns desses sintomas: Dispersão; Fraco desenvolvimento da atenção; Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem; Dificuldade em aprender rimas e canções; Fraco desenvolvimento da coordenação motora; Dificuldade com quebra cabeça; Falta de interesse por livros impressos;

O fato de apresentar alguns desses sintomas não indica necessariamente que ela seja disléxica; há outros fatores a serem observados. Porém, com certeza, estaremos diante de um quadro que pede uma maior atenção e/ou estimulação.

Idade Escolar:

Nesta fase, se a criança continua apresentando alguns ou vários dos sintomas a seguir, é necessário um diagnóstico e acompanhamento adequado, para que possa prosseguir seus estudos junto com os demais colegas e tenha menos prejuízo emocional; Dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita; Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras); Desatenção e dispersão; Dificuldade em copiar de livros e da lousa; Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura) e/ou grossa (ginástica,dança,etc.); Desorganização geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares e perda de materiais escolares; Confusão entre esquerda e direita; Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc...Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas; Dificuldade na memória de curto prazo, como instruções, recados, etc...Dificuldades em decorar seqüências, como meses do ano, alfabeto, tabuada, etc..Dificuldade na matemática e desenho geométrico; Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomias); Troca de letras na escrita; Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua; Problemas de conduta como: depressão, timidez excessiva ou o ‘’palhaço’’ da turma; Bom desempenho em provas orais.

Se nessa fase a criança não for acompanhada adequadamente, os sintomas persistirão e irão permear a fase adulta, com possíveis prejuízos emocionais e conseqüentemente sociais e profissionais.

Adultos:

Se não teve um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar, o adulto disléxico ainda apresentará dificuldades; Continuada dificuldade na leitura e escrita;Memória imediata prejudicada; Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua; Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia); Dificuldade com direita e esquerda;Dificuldade em organização; Aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência: depressão, ansiedade, baixa auto estima e algumas vezes o ingresso para as drogas e o álcool.


















Apostila da Corpe (Centro de Observação e Reeducação Psicoeducacional Ltda)
Clique nas imagens para ampliar!

Fonte: http://www.dislexia.org.br

Acesse o Artigo Original: http://espacoeducar-liza.blogspot.com/2009/03/atividades-para-alunos-com-dislexia.html#ixzz27DaxRXsL

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A dislexia




Antes da análise das acomodações necessárias ao disléxico na escola, é fundamental um esclarecimento sobre as características fundamentais da Dislexia Evolutiva ou Transtorno Severo da Aprendizagem da Leitura e Escrita.


A dislexia

* é um problema no processamento fonológico que afeta a leitura e a escrita, na ausência de problemas cognitivos (nível intelectual);

* é um transtorno específico nas operações implicadas no reconhecimento das palavras que compromete,  em maior ou menor grau,  a compreensão da leitura. Os disléxicos são mais lentos para ler palavras e pseudopalavras, beneficiando-se mais do contexto ao ler. Eles não automatizam plenamente as operações relacionadas ao reconhecimento de palavras, empregando mais tempo e energia em tarefas de leitura. A escrita ortográfica e a produção textual também estão comprometidas;

* afeta a  um subconjunto, claramente minoritário, dos alunos com problemas  na aprendizagem da leitura e escrita. Talvez não mais que 3% da população escolar;

* representa  o extremo de um contínuo com a população normal. Os disléxicos não  diferem qualitativamente dos sujeitos normo-leitores. Há uma continuidade entre ambos os grupos, sendo a dislexia mais adequadamente comparada com a obesidade (onde há graus)  do que com o  sarampo – que é algo que uma pessoa tem ou não – (Ellis, 1984);

* possui uma moderada evidência de origem genética (Rack e Olson, 1993).Os dados proporcionados pelo Projeto Colorado, onde foi estudada a incidência de problemas de leitura em gêmeos monozigóticos (de igual dotação genética) e gêmeos dizigóticos (que somente compartem parte da herança genética) parecem justificar a existência de uma moderada influência genética nas habilidades implicadas no reconhecimento de palavras. Entretanto, em alguns casos de dislexia evolutiva, não existe evidência alguma de antecedentes familiares que possam sugerir uma influência genética;

* tem um prognóstico reservado, constituindo-se em um problema persistente. O aluno disléxico que, evidenciando alto grau de adaptação escolar, consegue entrar na Universidade, apresenta  dificuldades importantes na leitura de palavras não-familiares e, particularmente,  muita dificuldade na escrita;

* requer um tratamento que envolve um processo lento, laborioso e sujeito a recaídas, conforme sugerem os dados de estudos longitudinais de sujeitos reabilitados (Rueda e Sanchez, 1994);

* requer uma equipe multidisciplinar para seu diagnóstico e tratamento.


Os disléxicos

* possuem capacidade intelectual normal (acima de 85 na escala WISC);

* tiveram escolarização adequada, ou seja, não trocaram de escola (língua materna) mais de 2 vezes nos três primeiros anos escolares e não faltaram mais de 10% de aulas nesta época;
devem ter visão e audição normal ou corrigida;

* possuem um nível de adaptação psicossocial  normal (Vellutino,1979; Siegel, 1993);

* não são portadores de problemas psíquicos ou neurológicos graves;

* estão atrasados na leitura  e escrita, com relação a seus pares, com no mínimo dois  anos, (se a criança tem mais de 10 anos) e um ano e meio (se tem menos desta idade).

Portanto, até o final de 2ª série não se pode fazer diagnóstico de dislexia. O problema tem que ser persistente, apesar de tratamento adequado.


ORIENTAÇÃO À ESCOLA

É imprescindível que todo disléxico receba um tratamento específico. Mas é crucial que, ao mesmo tempo, se atenda em aula seu problema. A seguir, serão recomendadas uma série de normas que deverão ser individualizadas para cada caso, com o objetivo de otimizar o seu rendimento e, ao mesmo tempo, tentar evitar problemas de frustração e perda de autoestima, muito frequentes nos disléxicos.

1) Atitudes:

* Dar a entender ao disléxico que seu problema é conhecido e que será feito o possível para ajudá-lo. Deve estar muito claro para o professor que o problema não é devido à falta de motivação ou à preguiça.

* Dar-lhe uma atenção especial e animar-lhe a perguntar em caso de alguma dúvida. Para tanto seria recomendável que o disléxico sentasse perto do professor para facilitar a ajuda.

* Comprovar sempre que o material oferecido para ler é apropriado para o seu nível leitor, não pretendendo que alcance um nível leitor igual aos dos outros colegas.

* Destacar sempre os aspectos positivos em seus trabalhos e não fazê-lo repetir um trabalho escrito pelo fato de tê-lo feito mal.

* Evitar que tenha que ler em público. Em situações em que isto é absolutamente necessário, oportunizar que ele prepare a leitura em casa.

* Aceitar que se distraia com maior facilidade que os demais, posto que a leitura lhe exige um grande esforço.

* Nunca ridicularizá-lo ou permitir que colegas o façam.


2) Proposta de ação pedagógica:

* Ensinar a resumir anotações que sintetizem o conteúdo de uma explicação

* Permitir o uso de meios informáticos, de corretores e de gravações.

* Permitir o uso de calculadora já que muitos disléxicos  têm dificuldade para memorizar a tabuada. Ele necessita de mais tempo para fazer os cálculos já que não automatizou a tabuada.

* Usar materiais que permitem visualizações (figuras, gráficos, ilustrações) para acompanhar o texto impresso.

* Evitar, sempre que possível, a cópia de grandes textos do quadro de giz, dando-lhes uma fotocópia.

* Diminuir os deveres de casa, envolvendo leitura e escrita.


3) Aprendizagem de línguas estrangeiras:

Considerando o esforço que os disléxicos fazem para dominar a fonologia de sua língua materna, é difícil também que eles dominem uma nova língua. Podem até ter habilidade para aprender oralmente a língua, mas o domínio da escrita é particularmente difícil. Schawytz (2006) sugere que, em caso de muita dificuldade, seja requerida isenção de língua estrangeira, substituindo essa disciplina pela elaboração de projetos independentes sobre conhecimentos relativos à cultura do país em que falam esta língua.



4) Avaliação escolar 

* Realizar avaliações de forma oral, sempre que possível, – conduta válida em todos os níveis de ensino, particularmente no ensino superior.

* Prever tempo extra como recurso obrigatório, não opcional, pois a capacidade de aprender do disléxico está intacta e ele simplesmente precisa de tempo para acessá-la.  Como o disléxico não automatizou a leitura, terá que ler pausadamente, com muito esforço e se apoiar nas suas habilidades mais altas de pensamento. Ele precisa utilizar o contexto para entender o significado da palavra, um caminho mais longo e indireto que requer tempo extra.

* Evitar a utilização de testes de múltipla escolha que, pelo fato de descontextualizarem as informações e reduzirem o tempo de execução, tornam-se muito difíceis para o disléxico. Estes testes não são indicadores do conhecimento adquirido por ele.

* As instruções  devem ser dadas de forma breve já que a memória para mantê-las é fraca e o tempo de atenção reduzido. Instruções curtas evitam confusões.

* Valorizar sempre os trabalhos pelo seu conteúdo e não pelos erros de escrita. Infelizmente não adianta o professor apontar o erro, pois o disléxico não grava a grafia correta.

* Oportunizar um local tranquilo ou sala individual para fazer testes ou avaliações para que o disléxico possa focar a sua atenção na tarefa que tem para realizar. Qualquer barulho ou distração atrapalhará a leitura, fazendo com que ele mude a atenção da leitura, o que interfere na performance do teste.

* É indicado o uso de calculadora, ou da tabela de multiplicação, em função de dificuldades de memorização de tabuada.
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A autora é Pedagoga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica. Mestre em Educação: Psicologia Escolar, UFRGS, 1976. Professora universitária UFRGS, UNIFRA, URI (Erechim e Frederico Westphalen) nas disciplinas dos cursos de Especialização em Psicopedagogia Terapêutica. Autora  do livro A escrita ortográfica na escola e na clínica; do Confias - Consciência fonológica Instrumento de avaliação sequencial, participação em capítulos de livros tais como: Transtornos da aprendizagem: aspectos neurobiológicos e multidisciplinares; dentre outros.

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BIBLIOGRAFIA

ARTIGAS, Josep. Quince cuestiones basicas sobre la dislexia. Conferences Topic: neuropediatrics. Educational sit: www.uninet.edu/union99/congress/confs/npd/

MOOJEN, S. A escrita ortográfica na escola e na clínica: Teoria, avaliação e tratamento. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2009.

MOOJEN E FRANÇA: Visão fonoaudiológica e Psicopedagógica da Dislexia. In ROTTA, OHLWEILER & RIESGO: Transtornos de Aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar, POA, Artmed, 2006.

RUEDA, Mercedes: La lectura: adquisición, dificultades e intervención, Salamanca, Amaru, 1995.

SANCHEZ, Emilio. A Aprendizagem da leitura e seus problemas – in COLL, PALACIOS, MARCHESI (Org).  Desenvolvimento Psicológico e Educação (Org) Porto Alegre, Artes Médicas, Capítulo 7, 1995.

SANCHEZ, Emilio. Estratégias de Intervenção nos problemas de leitura – in COLL, PALACIOS, MARCHESI (Org).  Desenvolvimento Psicológico e Educação (Org) Porto Alegre, Artes Médicas, Capítulo 8, 1995.

SANCHEZ, Emilio. As dificuldades na aprendizagem da leitura. In: BELTRAN, SANTIUSTE. Dificultades de Aprendisaje. Madrid, Sintesis, 1997.

SANCHEZ, Emilio. El lenguaje escrito y sus dificultades: una visión integradora In: MARCHESI, COLL Y PALACIOS. Desarollo humano y Educación. Madrid, Allianza Editorial. 1999.



Fonte: http://www.psicosol.com

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

26 de Setembro - Dia do Surdo



       

Parabéns povo surdo, pelo esforço, união, dedicação, amor e carinho!

Felicidades a todos!



Dia 26 de Setembro é o Dia Nacional dos Surdos. A data comemora a criação, em 1857, do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), durante o Império de D. Pedro II, quando o professor francês H. Huet fundou, com o apoio do imperador, o Imperial Instituto de Surdos Mudos. Huet era surdo. Na época, o Instituto era um asilo, onde só eram aceitos surdos do sexo masculino. Eles vinham de todos os pontos do país e muitos eram abandonados pelas famílias. Hoje o Instituto é um centro nacional de referência na área da surdez. A data é então uma oportunidade para lembrar todas as lutas e conquistas das pessoas surdas no Brasil. Avante povo surdo!


 Abaixo lei que determinou a criação do Dia Nacional dos Surdos:
Lei nº 11.796, de 29 de Outubro de 2008

Institui o Dia Nacional dos Surdos.

O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído o dia 26 de setembro de cada ano como o Dia Nacional dos Surdos.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de outubro de 2008; 187º da Independência e 120º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad
João Luiz Silva Ferreira
Dilma Rousseff
DOU de 30.10.2008

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mitos sobre a Educação inclusiva


Mito: As escolas comuns da rede regular de ensino do país não estão preparadas para receber alunos com deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) e altas habilidades/superdotação.

As escolas se preparam para receber todos os alunos, conhecendo-os diretamente em suas diferenças, no cotidiano escolar. Cada aluno (e não apenas aqueles com deficiência, TGD e altas habilidades/ superdotação) é único. As escolas precisam considerar as diferenças de todos para que o argumento da falta de preparação para atender alguns alunos não signifique mais uma maneira de discriminar alguns alunos, diferenciando, restringindo, limitando, adaptando os conteúdos escolares como resultante dessa preparação. A preparação se resume em: ensino deve ser o mesmo para todos os alunos e a aprendizagem, diferente para cada um! Além disso, paralelamente à mudança de pensamento, muitos são os investimentos em acessibilidade, infra-estrutura e formação continuada de professores.

Mito: Escolas regulares que recebem alunos com deficiência têm seu desempenho piorado.

Receber alunos com deficiência nas escolas é o desafio de que as escolas regulares necessitam para praticar um ensino de melhor qualidade e também repensar a forma de avaliação adotada para todos os alunos. Os estudantes com deficiência denunciam as práticas excludentes de que a escola faz uso e que demonstram claramente a sua incapacidade de acolher a todos os alunos nas suas diferenças. Quando o professor torna a aula interessante para todos os seus alunos, cresce o aprendizado.

Mito: A escola comum pode negar matrícula a determinados alunos com deficiência, se não se sentir em condições de atendê-los.

Segundo a legislação brasileira, não se pode negar, suspender, procrastinar ou fazer cessar, sem justa causa, matrícula escolar de qualquer aluno, em escolas comuns, especialmente quando o motivo é a deficiência. Esclareça-se que a justa causa capaz de afastar a ocorrência de crime não pode ser o fato da escola não se sentir preparada para receber a pessoa com deficiência. A conduta descrita é tida como crime desde 1989 e a pena ao infrator pode variar de um a quatro anos de prisão, mais multa. A conduta também exclui a pessoa com deficiência do sistema educacional geral sob a alegação da deficiência ao não recebê-la por sentir-se despreparada, pois a causa da recusa é o fato de possuir o interessado uma deficiência, o que colide frontalmente com o disposto também na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, em seu artigo 24.

Mito: O direito à educação dos alunos com deficiência, que está prescrito e garantido pela Constituição Federal de 1988, é totalmente assegurado nas escolas especiais.

As escolas especiais, mesmo que reconhecidas pelo poder público competente, têm como finalidade o ensino especial, constituindo-se em uma modalidade complementar a todos os níveis de ensino, o que diverge da escolarização oferecida pela escola comum, não podendo, portanto, substituí-la. Dessa forma, se o aluno é mantido exclusivamente em uma escola especial, tem ferido o seu direito constitucional à educação.

Mito: Os pais/responsáveis de alunos com deficiência podem decidir matricular seus filhos apenas em escolas especiais ou transferi-los da escola regular para a especial.

Os pais de alunos com idade entre 4 e 17 anos, inclusive, não têm a possibilidade legal de optar entre a escola comum e a especial, diante da obrigatoriedade constitucional de escolarização, a qual só se efetiva em escolas comuns.

Mito: A Educação Especial é sinônimo de Atendimento Educacional Especializado (AEE).

O AEE é um dos serviços oferecidos pela Educação Especial. Como se pode observar da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a Educação Especial tem uma atuação mais ampla na escola: a de orientar a organização de redes de apoio, a formação continuada, a identificação de recursos e serviços, o desenvolvimento de práticas colaborativas para o pleno desenvolvimento do aluno, entre outras ações.

Mito: O acesso de alunos com deficiência às escolas comuns, “desde que possível”, “desde que capazes de se adaptarem”, demonstra uma precaução, um cuidado que devemos tomar, quando fazemos uma “inclusão responsável”.

Estas condições impostas por algumas escolas retratam uma concepção antiga da deficiência, ainda de acordo com o modelo reabilitador, que tinha como foco a integração, e, não, como o trazido pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que trata a deficiência como um modelo social e com o foco na inclusão daquelas.

Mito: Os professores de escola comum só poderão aceitar em suas salas de aulas alunos com deficiência intelectual, física, visual, pessoas com surdez, entre outros caso tenham uma formação anterior, em que aprendam os conhecimentos relativos à Educação Especial.

Os professores de escola comum devem conhecer o que é relativo ao ensino dos conteúdos curriculares (Matemática, Língua Portuguesa e outros). Os conhecimentos relativos ao ensino especial são os que os professores de Educação Especial devem saber para ensinar os conteúdos próprios da Educação Especial, entre os quais orientação e mobilidade, uso de tecnologia assistiva, ensino de LIBRAS e de Português como 2ª língua dos surdos, entre outros.

Mito: Para conseguir acompanhar seus colegas na aprendizagem dos conteúdos curriculares, os alunos com deficiência devem frequentar aulas nas escolas especiais, no período oposto ao da escola comum onde estudam.

O aluno com deficiência matriculado nas turmas de ensino regular pode frequentar, na medida de suas necessidades, o AEE (oferecido na sua própria escola, preferencialmente, ou não). Vale destacar que o AEE não tem como finalidade fazer esse aluno “acompanhar a sua turma”, mas apoiá-lo nas necessidades que são inerentes à sua deficiência, objetivando o seu máximo desenvolvimento e aprendizado.

Mito: O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é garantido e obrigatório para todos os alunos com deficiência.

O Atendimento Educacional Especializado deve ser garantido a todos os alunos com deficiência, mas não é obrigatório a todos eles. O AEE, que deve ser oferecido obrigatoriamente pelas redes de ensino, é facultativo para o aluno, pois deve levar em conta as suas necessidades educacionais de modo individual. A frequência ao AEE é um direito que o aluno poderá exercer ou não. Além disso, o AEE não se destina exclusivamente a alunos com deficiência. Seu público alvo inclui, ainda, alunos com transtornos globais de desenvolvimento e alunos com altas habilidades/superdotação.

Mito: O AEE pode ser exercido por psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e outros profissionais da área clínica.

O AEE é um serviço educacional realizado exclusivamente por professores especializados. Esses professores podem ter, na medida de suas necessidades, a contribuição dos profissionais responsáveis pelo atendimento clínico, ou de uma equipe multidisciplinar de profissionais. Mas o saber especializado do professor de Educação Especial não se confunde com outros saberes de natureza terapêutica, paramédica e nem com o saber do professor comum. Há que se distinguir o saber clínico do saber especializado e do saber escolar.

Mito: O professor de AEE define os conteúdos escolares e as práticas pedagógicas que os professores comuns adotarão em suas turmas para os alunos com deficiência.

A escolarização de todos os alunos de uma turma, inclusive dos alunos com deficiência que nela estão matriculados, é uma das atribuições da escola comum. O professor de AEE promove a acessibilidade desses alunos aos conteúdos escolares, trabalhando em parceria com os demais professores.

Mito: O professor de AEE oferece reforço escolar aos alunos com deficiência, para ajudá-los a superar dificuldades que encontram na assimilação de conteúdos curriculares.

Em nenhuma hipótese o AEE se confunde com qualquer atividade cujo fim é ensinar ao aluno com deficiência o que é da competência do ensino comum. Ainda há muitos professores que entendem equivocadamente que as atividades do professor de AEE nas salas de recursos multifuncionais são dedicadas ao reforço das atividades escolares.

Mito: O professor de AEE é o responsável pela avaliação do progresso escolar e pela promoção de alunos com deficiência, que estão incluídos em escolas comuns.

Compete aos professores da escola comum a avaliação escolar e a tomada de decisão sobre a promoção desse e dos demais alunos. Mas nada contra, se a professora do AEE pode ser chamada a opinar dentro do que é específico de seu trabalho, informando a evolução do aluno no AEE e contribuindo para que essa avaliação seja a mais justa e completa possível.

Mito: O AEE oferece apoio pedagógico aos alunos com dificuldades de aprendizagem, para ajudá-los em se processo de escolarização.

O AEE não atende alunos considerados com “dificuldades de aprendizagem”. A escolarização de qualquer aluno deve acontecer na sala de aula comum.

Mito: Os alunos com a mesma deficiência devem receber igual atendimento e em grupo.

Alunos com a mesma deficiência podem necessitar de atendimentos diferenciados, individualizados e/ou em grupos.

Mito: A educação inclusiva é voltada para alunos com deficiência.

O movimento da educação inclusiva não se restringe à inserção de alunos com deficiência no ensino regular. É um movimento muito mais amplo, que requer uma nova organização de escola que considere as diferenças de todos os alunos. A escola que aprende com as diferenças é aquela que se preocupa em oferecer o melhor do ensino e reconhece que todo aluno é capaz de aprender.

Mito: A formação de professores com base no conhecimento sobre as deficiências é o melhor caminho para preparar o professor de sala de aula.

O aluno não é marcado e definido por uma categorização. A convivência com os alunos é o melhor caminho para que o outro seja desvelado e reconhecido na medida em que se constróem relações entre professores e alunos (vínculos responsáveis por nossa constituição como seres que não se repetem e pela construção de identidades não fixadas).

Mito: O professor do ensino regular não escolheu educação especial na sua formação inicial, por isso ele não pode atuar com crianças com deficiência.

O professor do ensino regular deve ser formado para ensinar todas as crianças. A formação em educação especial, seja em cursos de formação continuada ou inicial, habilita o professor para atuar no atendimento educacional especializado.

Mito: Nas escolas comuns devem estar incluídos apenas os alunos com leves comprometimentos físicos e mentais, mas não os alunos com graves problemas de deficiência.

Todos os brasileiros, incondicionalmente, têm direito à educação, na faixa etária em que o ensino escolar é obrigatório. Não há nada que impeça os alunos de frequentarem as escolas comuns, em todas as etapas do ensino básico e no ensino de nível superior. Todos nós aprendemos com a experiência da diferença nas escolas!

Mito: Currículos adaptados são indicados para que alunos com deficiência sejam incluídos em turmas comuns de Ensino Fundamental.

A deficiência intelectual impede que os alunos construam ativamente o conhecimento escolar. Quando a escola tem práticas de ensino que desafiam esses e os demais alunos a conquistar com esforço próprio, interesse e curiosidade o conhecimento, eles conseguem construir ativamente os conteúdos escolares, na medida da capacidade de cada um. Essa conquista de um “lugar de saber” implica em que os alunos com deficiência intelectual e os demais colegas de turma tenham assegurada a autonomia intelectual e não aprendam por “decoreba” ou qualquer outra forma de treinamento.


Fonte: http://inclusaoja.com.br