quinta-feira, 28 de junho de 2012

Dislexia

Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente...
http://www.dislexia.com.br/oquee.html


Redação escrita por indivíduo disléxico.


A dislexia é um transtorno genético e hereditário presente em aproximadamente 10% da população mundial, podendo também ser causada pela produção exacerbada de testosterona pela mãe, durante a gestação.

Muitas vezes confundida com déficit de atenção, problemas psicológicos, ou mesmo preguiça; esse transtorno se caracteriza pela dificuldade do indivíduo em decodificar símbolos, ler, escrever, soletrar, compreender um texto, reconhecer fonemas, exercer tarefas relacionadas à coordenação motora; e pelo hábito de trocar, inverter, omitir ou acrescentar letras/palavras ao escrever.

Indivíduos disléxicos possuem a área lateral-direita do cérebro mais desenvolvida que a de pessoas que não possuem essa síndrome, tendo geralmente, por tal motivo, mais facilidade em questões relacionadas à criatividade, solução de problemas, mecânica e esportes.

Levando em consideração o despreparo que muitas instituições de ensino têm em relação às particularidades dos alunos - muitas vezes, inclusive, criando e reforçando estigmas – esse comportamento é responsável por uma grande parcela das causas de evasão escolar. Além disso, muitos casos de suicídio e de violência juvenil têm sido associados aos portadores dessa síndrome; comportamentos estes muitas vezes relacionados às alterações emocionais decorrentes das suas dificuldades.

O diagnóstico consiste na análise do paciente, geralmente por equipe multidisciplinar (psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo, pedagogo,etc.), excluindo outras possíveis causas. Tal avaliação permite que o acompanhamento seja feito de forma mais eficaz, já que leva em consideração suas particularidades individuais.

O tratamento embora não tenha cura, auxilia o paciente quanto às suas limitações, permitindo uma melhora progressiva e evitando, assim, que sofra problemas sérios relacionados à autoestima e socialização. 

Por Mariana Araguaia
Fonte: http://educarnadiversidadee.blogspot.com.br

terça-feira, 26 de junho de 2012

A CAA E OS RECURSOS PEDAGÓGICOS DE ACESSIBILIDADE NA ESCOLA COMUM




OBJETIVO DOS RECURSOS NA ESCOLA COMUM


Os recursos de CAA e os demais recursos pedagógicos de acessibilidade serão eficientes se permitirem que a participação do aluno seu acesso à comunicação sejam garantidos, de modo que possa atuar em todas as atividades escolares, sem nenhum tipo de restrição.

UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DE CAA NA ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Os recursos de CAA devem ser facilitadores na realização das tarefas escolares, nas salas de aula comum. São eles que vão eliminar as barreiras impostas pela deficiência e/ou pelo meio, para que os alunos possam participar de todas as atividades escolares em interação com seus colegas.

Não se trata de oferecer a esses alunos atividades diferentes, na sala de aula, mas recursos que permitam a realização das mesmas atividades realizadas pela turma.

Uma dúvida freqüente entre os professores das classes comuns diz respeito ao planejamento das tarefas que os alunos com deficiência realizarão na classe comum: quem deve planejar essas tarefas? Os professores comuns ou o professor do atendimento educacional especializado - AEE?

As atividades escolares são planejadas pelo professor da classe comum para todos os seus alunos e os professores do AEE identificarão as barreiras de participação, selecionarão, confeccionarão ou ajudarão na aquisição dos recursos que permitirão aos alunos com deficiência a plena participação nas aulas. Daí a importância do recurso de CAA e demais recursos de acessibilidade projetados e desenvolvidos em parceria entre o professor da classe comum e do AEE.

AVALIAÇÃO UTILIZANDO A CAA NA ESCOLA

A construção de uma avaliação democrática imersa numa pedagogia de inclusão implica necessariamente a substituição do padrão da homogeneidade ideal pelo padrão da heterogeneidade real. São os conhecimentos em construção e não os já consolidados que devem basear a seleção dos recursos e das estratégias pedagógicas. O erro deverá ser visto como um processo positivo na identificação e na construção do recurso porque dá pistas sobre o modo como cada um está representando e expressando o conhecimento.

Ao prepararmos ferramentas que apóiem o processo de avaliação do aluno deveremos ter o cuidado de oferecer recursos abertos que serão apoiados pelo conhecimento do professor que avalia, favorecendo que ele possa fazer intervenções para que perceba o caminho que está sendo percorrido por seu aluno na construção do conhecimento.

Uma avaliação que utiliza recursos de CAA pode ser feita para verificar memorização e reprodução de conteúdos recebidos pelo aluno. Ao invés de escrever ele terá alternativas de respostas em símbolos. Porém, se quisermos avaliar o caminho que este aluno está seguindo e o verdadeiro entendimento que construiu de determinado conceito, nosso trabalho será maior. Deveremos então associar alternativa de respostas com possibilidades de argumentação, com possibilidades de o aluno questionar seu professor e também mostrar novos conhecimentos e sua aplicação.

A avaliação estará então ligada aos objetivos educacionais e a verificação do envolvimento do aluno em todas as etapas propostas para que sejam atingidos.


Fonte:  Revista - A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar Recursos Pedagógicos Acessíveis e Comunicação Aumentativa e Alternativa

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Escolas terão R$ 100 milhões para acessibilidade

Cada unidade de ensino pode receber de R$ 6 mil a R$ 9 mil, de acordo com o número de aluno. Mais de 12 mil unidades de ensino receberão os recursos

Escolas públicas de 3.433 municípios receberão R$ 100 milhões para realizar adequações arquitetônicas nas sedes e investir em outras melhorias para favorecer a igualdade de condições de acesso e aprendizagem aos alunos com deficiência. O repasse de recursos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) às unidades de ensino foi normatizado pela Resolução nº 27, de 2 de junho de 2011, publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira, dia 03.

Os recursos, provenientes do FNDE, destinam-se a 12.165 mil unidades municipais, estaduais e do Distrito Federal para serem aplicados, prioritariamente, na contratação de serviços de construção de rampas, alargamento de portas e passagens, assim como a instalação de corrimãos. Sanitários também devem ser adequados para acessibilidade e colocação de sinalização visual, tátil e sonora. A verba pode ser aplicada, ainda, na aquisição de itens como cadeiras de rodas, bebedouros, mobiliários acessíveis ou softwares específicos.

Censo Escolar de 2010 - Quase 500 mil alunos matriculados em unidades de ensino regular são estudantes com deficiência e apenas 20% das escolas públicas de educação básica atendem a critérios de acessibilidade a esse público. Neste ano, serão atendidas as escolas que receberam sala de recursos multifuncionais em 2009 e registraram matrícula de estudantes com essa característica no Censo de 2010. Cada unidade de ensino pode receber recursos que variam de R$ 6 mil a R$ 9 mil, de acordo com o número de alunos. “Os estudantes com deficiência devem ter acesso a todas as dependências da escola”, pondera a diretora de políticas de educação especial do Ministério da Educação (MEC), Martinha Clarete.

A Escola Acessível faz parte do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que reduz a burocracia na transferência de recursos. Para recebê-los, as escolas devem elaborar planos de ações que serão submetidos à aprovação das secretarias de educação, observados os critérios e normas gerais de acessibilidade nas obras.

Política de educação inclusiva foi lançada em 2008

Os resultados do Censo Escolar da Educação Básica apontam um crescimento significativo nas matrículas da educação especial nas classes comuns do ensino regular. De acordo com o MEC, esse crescimento é reflexo de política adotada que inclui programas de implantação de salas de recursos multifuncionais, adequação de prédios escolares para a acessibilidade, formação continuada de professores da educação especial e do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) na escola, além do programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. O objetivo é estimular a formação de gestores e educadores para a criação de sistemas educacionais inclusivos. A política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva foi lançada em 2008 paralelamente a aprovação, por meio de emenda constitucional, da convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os direitos das pessoas com deficiência. De acordo com a convenção, devem ser assegurados sistemas educacionais inclusivos em todos os níveis.

sexta-feira, 22 de junho de 2012


Padre proíbe autista de receber comunhão e causa polêmica

Sete anos atrás, Silvani havia buscado informação com o então pároco da cidade, que afirmou que o filho poderia participar da primeira comunhão Foto: Miro de Souza / Agencia RBS
Sete anos atrás, Silvani havia buscado informação com o então pároco da cidade, que afirmou que o filho poderia participar da primeira comunhão Foto: Miro de Souza / Agencia RBS

Caro leitor,


Moradores se revoltaram com a decisão do padre local, que retirou o menino da fila para a primeira comunhão

Uma polêmica está colocando em lados opostos a fé e a inclusão de um menino com deficiência em Bom Princípio, no Vale do Caí, RS. A decisão do padre local de não dar a primeira eucaristia para um adolescente com autismo, no último domingo, revoltou os moradores, e tem causado controvérsia.

Cássio Maldaner, 13 anos, estava na fila para entrar na igreja e receber a primeira comunhão com outras 34 crianças. Nos bancos de madeira da Paróquia Nossa Senhora da Purificação, 90 convidados da família esperavam pelo momento sonhado pela mãe, a dona de casa Maria Silvani Maldaner, 41 anos. Minutos antes da cerimonia começar, o padre Pedro José Ritter pediu que Cássio fosse retirado da fila. Ele não participaria da celebração.

Sete anos atrás, Silvani havia buscado informação com o então pároco da cidade, que afirmou que o filho poderia participar da primeira comunhão. Depois esperar o melhor momento, há dois meses ela havia procurado o padre Ritter e explicado a situação. De acordo com religioso, a igreja estipula que, em casos como o de Cássio, não há necessidade de que o fiel passe pelo rito da eucaristia.

— Como a mãe queria muito, e nós não temos catequistas preparadas, pedi a ela que ensinasse ao menino o sentido da eucaristia. Se ele entendesse, ainda que do jeito dele, o que estava acontecendo, e se aceitasse a hóstia, ele poderia participar — afirma.

Mãe e filho treinaram durante um mês e voltaram à igreja para um ensaio. Na ocasião, Cássio se negou a receber a hóstia. Silvani continuou ensinando o menino, para que ele pudesse participar da celebração.

— Ficamos de fazer um novo teste, que não aconteceu. Na última sexta-feira ocorreu o ensaio, e eu esperava falar com o padre, mas ele não participou. Como não houve mais nenhuma manifestação, achei que estava tudo certo — conta a mãe.

O religioso, no entanto, afirma que em nenhum momento Cássio aceitou a hóstia. Sem que isso acontecesse, Ritter diz que a orientação à mãe é que se esperasse outro momento para que o adolescente participasse da eucaristia.

— Não houve nenhum tipo de preconceito. A minha decisão apenas foi por esperar por um outro momento, em que ele aceitasse e entendesse o que estava acontecendo — afirma o padre.

Comunidade se mobiliza

A imagem dos pais do adolescente chorando durante a missa comoveu a comunidade. A festa programada foi realizada, mas em clima de tristeza. Moradores de Bom Princípio estão se mobilizando nas redes sociais, contrários a atitude do padre.

Para a família, houve preconceito por parte do religioso. O pai, o agricultor Letus Maldaner, 56 anos, afirma que espera que o filho participe da eucaristia, mas com outro padre.

— Depois que ele tirou o Cássio da fila eu ainda pedi que ele ao menos desse uma bênção lá na frente, mas ele se negou. Essa é primeira vez que o meu filho foi discriminado, e isso aconteceu justamente na igreja — afirma Maldaner.

Situação será analisada por bispo

A eucaristia é o momento em que os católicos lembram o sacrifício de Jesus Cristo, que tem seu corpo representado pela hóstia. Segundo o bispo da diocese de Montenegro, Dom Paulo de Conto, é preciso que o fiel tenha entendimento do significado do rito.

— Ainda não tomei conhecimento do que aconteceu, mas o certo é que não houve uma negação da participação desse adolescente. O que aconteceu foi um pedido para que a comunhão acontecesse em outro momento. Não se pode colocar por força a hóstia na boca do menino — afirma o bispo.

De acordo com o religioso, casos como o de Cássio estão sendo analisados individualmente. Dom Paulo afirma que é necessário que o padre e os catequistas participem do processo de aprendizagem com a família.

— Vou buscar informações sobre o que aconteceu para poder analisar a caso — diz ele.



Fonte: http://www.deficienteciente.com.br/

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Pessoas com síndrome de Williams são alegres, 
afetuosas e boas de papo

Síndrome de Williams
Caro leitor,

A matéria abaixo foi extraída da Revista Crescer. O termo “portadores da síndrome de Williams” foi substituído pelo termo”pessoas com síndrome de Williams“.
Por Deborah Kanarek, Josiane Lopes, Malu Echeverria, Mônica Brandão e Patrícia Cerqueira
Lucas tem 15 anos e está aprendendo a tocar violão. O irmão mais novo, Tiago, de 12 anos, quer aprender bateria, mas ainda não ganhou o sinal verde da mãe, a dona de casa Vivienne Aline Bennett: “Bateria é demais, não é não?”, pergunta ela, querendo proteger as boas relações com a vizinhança. O gosto pela música que é comum nos adolescentes, nos dois irmãos paulistanos é ainda mais aguçado pelo fato de eles serem portadores da síndrome de Williams-Beuren. Entre outras particularidades, a SW, como é conhecida, provoca uma alta sensibilidade auditiva e acaba promovendo paixões musicais como as de Lucas e Tiago. Os garotos têm um grau relativamente leve da síndrome, que é causada por uma alteração genética e ocorre, em média, em um bebê a cada 20 mil nascidos vivos, independentemente de sexo, raça ou região geográfica. Fisicamente, os portadores podem ter bochechas gorduchinhas, nariz arrebitado, lábios cheios e dentes pequenos, com sorriso constante. Embora apresentem sempre algum grau de defasagem mental, eles costumam ter boa articulação oral e são bem falantes. Afetuosos e empolgados, são freqüentemente ansiosos e hiperativos. A SW afeta bastante a saúde.”De 20% a 30%  têm problemas no coração”, explica a cardiologista-pediatra Maria Lúcia Bastos Passarelli, da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo. “O diagnóstico é feito pela presença de sopros cardíacos, detectados no nascimento, e o que mais se encontra é um estreitamento da aorta, após a saída do coração. Às vezes, o tratamento pode ser cirúrgico, com bons resultados”, diz a cardiologista.
Diagnóstico lento
Descrita só em 1961, a síndrome é pouco conhecida e o diagnóstico nem sempre é rápido. “O fato de ela apresentar quadros de intensidade variável dificulta o reconhecimento nos casos que não são muito típicos”, diz a médica geneticista Vera Lúcia Gil da Silva Lopes, da Universidade de Campinas. Outro agravante é que o teste clínico existente, chamado FISH, feito com uma amostra de sangue, não cobre 100% das possibilidades de ocorrência. As características da SW podem ficar mais evidentes no período escolar. Foi isso que aconteceu com Lucas e Tiago, que só tiveram um diagnóstico definitivo há quatro anos. O físico miúdo, um certo atraso da fala, problemas dentários e a hiperatividade não foram suficientes para que os médicos, incluindo geneticistas, chegassem cedo a uma conclusão. “Depois da pré-escola, eles entraram em uma escola normal, pública. Mas se atrapalhavam com a escrita e não aprendiam a ler”, conta Vivienne. A suspeita de que eles sofriam de um déficit de atenção levou à busca de exames específicos e, por fim, a um especialista, que identificou a ocorrência da síndrome. Em 2001, depois do diagnóstico, Vivienne transferiu Lucas e Tiago para uma escola particular, que atende crianças com ou sem deficiência. Os garotos tiveram de retornar às séries iniciais para recuperar o aprendizado, mas a mãe acha que valeu a pena. Lucas agora cursa a 5a série e Tiago, a 3a. “Eles lêem e escrevem e, principalmente, sabem o que estão escrevendo. Mesmo na matemática, que é uma área difícil para os portadores, eles estão indo bem”, orgulha-se Vivienne.
Inteligência especial
A psicopedagoga Sônia Colli, professora da Universidade Paulista (Unip), é otimista quanto às possibilidades de aprendizagem das crianças com SW. “Elas têm potenciais que podem ser explorados com muito sucesso”, diz. Um dos mais relevantes é a facilidade de articulação da linguagem, auxiliada pela boa memória, o que propicia também um bom vocabulário. A música, pelo interesse natural que desperta nessas crianças, é outro recurso valioso para estimular o aprendizado. Uma área que merece atenção especial é a do controle motor fino. “Elas correm, pulam, saltam, mas gestos mais finos, como abotoar a roupa ou fazer traçados, são mais difíceis”, explica Sônia. Isso inclui o desenho da escrita, que costuma ser mais lenta, assim como a leitura. Em relação à escola, a psicopedagoga defende o maior convívio possível dos portadores com outros grupos de crianças na escola normal. “Eles não vão acompanhar todas as áreas do desenvolvimento, mas o ganho é principalmente social”, afirma ela. “O ideal é que a escola permita que a criança acompanhe, junto com as outras, aquilo que é capaz de acompanhar e tenha atendimento diferente naquilo em que seu aprendizado é diferente”, avisa. “A perspectiva educacional é muito boa. É sempre possível modificar padrões de conhecimento das pessoas. E isso vale muito, especialmente para as crianças com a síndrome de Williams”, diz a psicopedagoga.
Independência requer treino
As pessoas com síndrome de Williams-Beuren alcançam uma razoável independência nas tarefas cotidianas, contanto que sejam estimulados e treinados desde a infância. “Um certo grau de dependência sempre existe, mas a maioria deles pode ter uma profissão”, diz a geneticista Vera Lopes. Os resultados dos tratamentos de saúde também costumam ser bons. “Quando bem atendidos, pessoas com SW têm uma expectativa de vida praticamente igual à da população em geral”, explica. Entre os cuidados mais importantes está o acompanhamento urológico, por causa de problemas urinários e de uma dificuldade no metabolismo do cálcio, que afeta a função renal. Os bebês podem apresentar problemas de alimentação ao longo do primeiro ano, como vômitos, recusa do alimento, irritação e choro excessivo.
Veja mais informações sobre a Síndrome de Williams no site Associação Brasileira de Síndrome de Williams.

Fonte: http://www.deficienteciente.com.br

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Desenho universal supera direitos de deficientes em empresas

Preocupados em atender às especificações da legislação, assim como exigências de clientes, empresas têm buscado dar um passo além e aplicar o desenho .... Foto: Dreamstime/Especial para Terra
Preocupados em atender às especificações da legislação, assim como exigências de clientes, empresas têm buscado dar um passo além e aplicar o desenho universal em seus projetos arquitetônicos
Foto: Dreamstime/Especial para Terra

Preocupadas em se manter longe de problemas com a legislação – e, ao mesmo tempo, tentando atrair um público cada vez mais ciente de seus direitos -, muitas empresas têm procurado escritórios de arquitetura que atendam a demandas específicas do chamado desenho universal.
O conceito foi popularizado em meados da década de 60 nos Estados Unidos pelo arquiteto Selwyn Goldsmith. Ele vai além da legislação pela acessibilidade das pessoas com deficiência e prega o desenho de produtos e ambientes que sejam utilizáveis por todo tipo de indivíduo – crianças, grávidas, idosos, adultos, pessoas com problemas de locomoção ou outros.
O desenho universal foca em não criar uma adaptação específica para nenhum deles. Segundo esse conceito, em vez de se projetar uma cabine de banheiro específica para cadeirantes, deve-se construir todas de forma que possam ser utilizadas tanto por esse público quanto por pessoas sem necessidades especiais. “É uma arquitetura pela acessibilidade plena”, define Camila Caruso, sócia da Desenho Universal Consultoria em Acessibilidade (Duca).

Depois de passar quatro anos na Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade de São Paulo, a arquiteta especializada em acessibilidade fundou a empresa em 2009, junto com dois sócios. Desde então, o escritório vem atendendo principalmente a grandes empresas, como McDonald’s, Makro e Itaú.
Camila afirma que a Duca é pioneira em desenho universal no País e conta que cerca de 70% do público busca a empresa depois de ter algum problema com a legislação. “O número de fiscais é pequeno, mas o munícipe faz muitas reclamações, tanto ao governo, quanto à loja”, conta.
A Duca trabalha tanto oferecendo consultoria a equipes de arquitetura responsáveis por grandes projetos quanto diretamente na elaboração de adaptações e na criação de edifícios inteiros. “Em muitos casos, trabalhamos como um serviço complementar, como se desenvolvêssemos a parte elétrica ou hidráulica”, explica Camila.
A unidade do McDonald’s da Rua Henrique Schaumann, em São Paulo, foi desenvolvida inteiramente pela Duca. O edifício atende à legislação pró- acessibilidade, mas tem algumas preocupações que extrapolam suas exigências, como um mapa em braile do local.
Exigências legais
O vice-presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Pedro da Luz Moreira, que também é professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma que tem observado uma maior pressão do poder público em prol da acessibilidade. Desde 2004, a Lei da Acessibilidade obriga os empreendimentos arquitetônicos a se adaptarem às regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por exemplo.
“O programa Minha Casa Minha Vida inclui uma porcentagem de moradias populares adaptadas para cadeirantes. Há também uma portaria do governo federal que exige que se implante em edifícios públicos a acessibilidade universal”, completa Pedro.
Eventos esportivos
As obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e de Olimpíadas de 2016 têm sido acompanhadas de perto por certa parcela do público: 46 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência locomotiva, auditiva, visual entre outras. Com o objetivo de discutir a acessibilidade aos novos estádios, metrôs, hotéis e aeroportos nacionais, está sendo organizado para os dias 11 e 13 de junho, em São Paulo, o ciclo de debates Copa For All.
Os novos eventos servem para colocar as regras nacionais à prova frente a padrões internacionais. Nos estádios que estão sendo construídos, a legislação do País determina o número de lugares destinados a pessoas com deficiência, enquanto que normas da Federação Internacional de Futebol (Fifa) reforçam apenas orientações quanto a procedimentos e equipamentos para a evacuação do público.
Para o vice-presidente do IAB, a nova realidade exige providências técnicas, mas também mudanças culturais e de hábitos. “Em outros países, a acessibilidade já é banalizada. Na sociedade brasileira, já é comum que se construam elevadores de acesso para cadeirantes para se adequar à lei; o problema é que muitos nunca entram em funcionamento”, diz Pedro.


Fonte: Portal Terra

terça-feira, 19 de junho de 2012

Fashion Inclusivo - Crianças com Deficiência desfilam

Fashion Inclusivo
ÓTIMA INICIATIVA!
Grupo de cadeirantes, Down e autismo vai abrir evento de turismo no Paraná. Eles integram projeto ‘Fashion Inclusivo’, que nasceu em Sobradinho em 2010.
Com roupas de outono e inverno, 15 crianças e adolescentes embarcaram no dia (12/06) para desfilar pela primeira vez fora do Distrito Federal. O grupo, formado por meninos e meninas cadeirantes, com Síndrome de Down ou autismo, faz parte de um projeto que nasceu em 2010 em uma escola de ensino especial de Sobradinho e que busca integrar pessoas com deficiência à sociedade.
Idealizadora do projeto, a professora Angela Ferreira da Silva, de 48 anos, se diz realizada com o convite para abrir um evento de turismo no Paraná. “É um evento de adultos, de gente grande, onde crianças vão estar na abertura. A gente está com o sonho de que outras pessoas de outros locais vejam a gente e convidem essas crianças para estarem em outros locais. A maioria delas, uns 80%, nunca entrou em um avião”, conta.
De acordo com Angela, a viagem foi possibilitada pela ajuda de “padrinhos”, que doaram as passagens. As crianças também participaram de outro desfile na pediatria do Hospital Regional de Sobradinho e receberam ajuda dos médicos e dos pais dos internados para custear alimentação e hospedagem.
O projeto, que atualmente tem mais de 50 crianças e adolescentes, tem integrantes de Sobradinho, Park Way, Gama e Samambaia. A professora informou que as reuniões com todo o grupo acontecem uma vez por mês, em uma igreja de Sobradinho. O “Fashion Inclusivo” tem agenda de desfiles até dezembro. Os modelos são escolhidos de acordo com o perfil do evento.
“O projeto na minha vida, de uma professora quase em fim de carreira, é uma realização. É provar o que sempre falei desde que entrei no ensino especial: essas crianças têm potencial. Eu quero aposentar mostrando isso: independente de ter uma perna, ser surdo ou autista, elas têm possibilidade. Basta ter paciência e amor para descobrir”, afirmou Angela.
Fonte: G1
Fashion Inclusivo
Fashion Inclusivo
Fashion Inclusivo
Fashion Inclusivo
Fashion Inclusivo

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Deficiente aguarda audiência em frente ao Fórum de Monte Alto (Foto: Orivaldo Tenório de Vasconcelos)
Deficiente aguarda audiência em frente ao Fórum de Monte Alto (Foto: Orivaldo Tenório de Vasconcelos)
ABSURDO! PRÉDIO PÚBLICO E NÃO TEM ACESSIBILIDADE, CADÊ A INCLUSÃO???
Degraus impediram entrada no local de testemunha em Monte Alto, SP. Tribunal de Justiça diz que novo prédio acessível será entregue em um ano.
Um deficiente físico foi ouvido na calçada do Fórum de Monte Alto (SP) durante uma audiência. A denúncia é investigada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O professor aposentado Orivaldo Tenório de Vasconcelos, de 61 anos, que é cadeirante, foi intimado como testemunha, mas ao chegar ao Fórum, em 22 de maio, encontrou cinco degraus que impediam seu acesso.
saiba mais

Ainda de acordo com Vasconcelos, momentos depois de afirmar que não tinha condições de entrar, a juíza Renata Carolina Nicodemus Andrade saiu do Fórum e afirmou que a audiência seria feita na calçada. “ Eu pedi então para que me ouvissem no Jecrim, que fica a poucos metros do local e tem toda a acessibilidade, mas ela disse que não tinha tempo para isso. Fiquei muito constrangido, precisava usar o banheiro e não havia um local adequado”.
O professor afirma que não houve nenhuma proposta para que ele fosse carregado até a sala onde participaria da audiência, mas por questões físicas, só aceitaria o pedido se o seu transporte fosse realizado com uma maca. “Tenho 85 quilos, qualquer forma inadequada de me carregar pode acarretar danos”, disse.
CNJ
Por telefone, a assessoria de imprensa do CNJ afirmou que recebeu a denúncia do professor e que vai analisar se o caso deve ser investigado nos próximos dias. Ainda de acordo com o conselho, o processo é sigiloso e, por isso, não serão fornecidas mais informações.
Outro lado
O juiz João Baptista Galhardo Junior, assessor da Presidência do TJ-SP, informou em nota que o órgão e a Secretaria de Justiça, responsável pela construção e acessibilidade dos fóruns, participaram de reuniões para discutir o problema. Segundo Galhardo, também houve reunião com a Prefeitura de Monte Alto, que está cedendo um imóvel para a construção de um novo Fórum, que está em fase de orçamento. “Acreditamos que no próximo ano isso será resolvido”, disse.
Fonte: G1

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Deficiente visual ganha isenção na compra de carro



Por Jomar Martins
O fisco estadual não pode negar isenção de impostos para deficiente visual na compra de um carro. Neste caso, a norma tributária pode sofrer interpretação extensiva, a fim de satisfazer o preceito constitucional da inclusão social. Foi o que decidiu a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, ao confirmar os termos da sentença da pela juíza Alessandra Abrão Bertoluci em favor de Paulo Roberto Rukatti Lumertz. A decisão da maioria dos desembargadores é de 25 de abril.
O autor havia ajuizado Ação Declaratória de Isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) contra o fisco do Estado do Rio Grande do Sul, para poder efetivar a compra de um veículo 0km. Alegou que é portador de deficiência visual.
De acordo com a inicial, afirmou ser portador de graves sequelas de deslocamento de retina em seu olho esquerdo, onde percebe vultos, e é portador de cegueira total no olho direito, sem percepção luminosa. Em função da deficiência, não pode se deslocar a pé em seus diversos compromissos, necessitando de um carro — que será dirigido por uma terceira pessoa. Destacou, ainda, que já teve reconhecido o direito à isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no âmbito do fisco federal.


O fisco estadual argumentou que o indeferimento da isenção de IPVA e ICMS, em nível administrativo, se baseou na estrita observância da lei. Segundo o artigo 4º, da Lei 10.869/96, são isentos de impostos ‘‘os deficientes físicos e os paraplégicos, proprietários de veículos automotores, de uso terrestre e de fabricação nacional ou estrangeira, em relação ao veículo adaptado às necessidades de seu proprietário, em razão da deficiência física ou da paraplegia’’.
A juíza da 6ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Porto Alegre entendeu que a limitação imposta na legislação estadual, para a concessão de isenção, estaria colocando o portador de doença grave numa condição inferior a do deficiente físico. Isso representaria um ‘‘caráter discriminatório vedado’’, já que penaliza mais aquele que, além de deficiente, é completamente dependente de terceiros para ter sua inclusão social.
Alessandra Abrão Bertoluci acrescentou que, mesmo não existindo menção na Lei acerca de isenção de impostos para compra de carros para deficientes que não possam dirigir, o sentido da norma é facilitar a locomoção ao portador de deficiência física ou doença grave. Assim, não é necessário que o beneficiário das isenções dirija o automóvel adquirido.
‘‘Ademais, a doença que é acometido o autor foi reconhecida pela União, tendo sido ele beneficiado com isenção de IPI, o que somente reforça a ilegalidade do fisco estadual’’, afirmou.
Isenção mantida
No TJ-RS, o desembargador Luiz Felipe Silveira Difini, que relatou os recursos de Apelação em reexame necessário, endossou a decisão da juíza. Afirmou que o deficiente visual está inserido na condição de pessoa portadora de deficiência. Nesta linha, a legislação estadual não pode ser interpretada restritivamente, de maneira a excluí-lo deste benefício.
Difini disse que também não se pode negar a isenção pelo simples fato do veículo automotor ser dirigido por terceiro. Para corroborar este entendimento, citou voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, examinando caso semelhante em Minas Gerais, pedindo a isenção do IPI.
Escreveu Fux: ‘‘Sob essa ótica, a ratio legis (a razão da lei) do benefício fiscal conferido aos deficientes físicos indicia que indeferir requerimento formulado com o fim de adquirir um veículo para que outrem o dirija, à míngua de condições de adaptá-lo, afronta ao fim colimado pelo legislador ao aprovar a norma visando facilitar a locomoção de pessoa portadora de deficiência física, possibilitando-lhe a aquisição de veículo para seu uso, independentemente do pagamento do IPI. Consectariamente, revela-se inaceitável privar a Recorrente de um benefício legal que coadjuva às duas razões finais a motivos humanitários, posto de sabença que os deficientes físicos enfrentam inúmeras dificuldades, tais como o preconceito, a discriminação, a comiseração exagerada, acesso ao mercado de trabalho, os obstáculos físicos, constatações que conduziram à consagração das denominadas ações afirmativas, como esta que se pretende empreender’’.
Por fim, o relator registrou que a decisão adotada não implica em violação ao inciso II do artigo 111 do Código Tributário Nacional (CTN), ‘‘porquanto se trata apenas de agregar interpretação extensiva à legislação estadual sob a ótica constitucional’’. O entendimento foi acatado pelo desembargador Carlos Roberto Lofego Caníbal.
O presidente da 1ª Câmara Cível, Irineu Mariani, votou de modo diverso. Ele deu provimento à Apelação do Fisco. Destacou que a isenção do ICMS é exclusividade de quem precisa de adaptação especial do veículo para poder dirigir, conforme previsto no artigo 55, da Lei estadual 8.820/89. ‘‘O pressuposto é a necessidade de adaptação do veículo às necessidades do adquirente, a fim de que ele possa dirigi-lo, e não a simples compra de um veículo sem qualquer adaptação, a fim de que terceiro o dirija para o conforto da pessoa inválida’’, completou Mariani. A situação é idêntica no que se refere ao IPVA, conforme o artigo 4º., inciso VI, da Lei estadual 8.115/85.
“Se se concede a benesse à compra do veículo sem qualquer necessidade de adaptação às peculiares condições do adquirente, ele fica disponível ao uso de qualquer pessoa, e por aí enseja-se a indústria do ‘laranja’; isto é, compra em nome próprio, a fim de que outros utilizem normalmente o veículo, quiçá seja alugado”, advertiu o desembargador.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Os surdos não são mudos

librasPor Marcus Vinicius Batista Nascimento*.
Mudo é aquele que não faz uso de seu aparelho fonador para a fala ou qualquer outra manifestação vocal. Pessoas ou crianças psicóticas, por exemplo, podem apresentar mudez como um sintoma de sua alteração psíquica
É comum ouvirmos de pessoas leigas a expressão “surdo-mudo”. Aqui há um equívoco que precisa ser esclarecido.
O pensamento parece lógico: é de senso comum que aprendemos a falar ouvindo. Logo, se não ouvem, os surdos não aprendem a falar.
Mas o termo “mudo” não surge necessariamente dessa relação. Mudo é aquele que não faz uso de seu aparelho fonador para a fala ou qualquer outra manifestação vocal. Pessoas ou crianças psicóticas, por exemplo, podem apresentar mudez como um sintoma de sua alteração psíquica. Há ainda aqueles que, por serem acometidos por câncer na laringe, fazem uma laringectomia (cirurgia para a retirada do órgão responsável pela produção sonora da fala), tornando-se temporariamente “mudos”, pois, ainda assim, podem reaprender a falar usando outras estratégias, como a voz esofágica (produzida pelo esôfago).
Se não acometidas por alterações psíquicas e/ou orgânicas que interfiram em suas pregas vocais, pessoas surdas podem sim produzir sonorização vocal. Ainda que se comuniquem pela Língua de Sinais e não saibam falar, apresentam vocalizações ao sinalizar e usam a voz quando estão em perigo. Além disso, podem desenvolver a linguagem oral por meio de um processo terapêutico fonoaudiológico.
Vale a dica: A terminologia “mudo” relacionada aos surdos nasceu na antiguidade, quando se acreditava que uma pessoa só teria condição de humanidade se houvesse a fala. Foi preciso a comprovação científica de que o surdo possui uma laringe funcional para que se começasse a acreditar em seu potencial para falar e, ainda assim, a Língua de Sinais exerce, por aqueles surdos que não possuem a linguagem oral, a mesma função de linguagem que a fala, sendo forma legítima e natural de comunicação e expressão de pessoas surdas. Assim, retire do seu vocabulário a expressão “surdo-mudo” e passe a se referir às pessoas com perda de audição somente como surdos.
*Graduando em Fonoaudiologia/PUC-SP, tradutor intérprete de LIBRAS/Português/LIBRAS –PROLIBRAS/MEC.

Fonte: Rede Saci

segunda-feira, 11 de junho de 2012

APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM DÉFICIT INTELECTUAL

Atendendo a pedidos trouxe material que trata da aprendizagem da criança com deficit intelectual, com sugestão de jogos e brincadeiras que podem ser trabalhados com os alunos, de forma lúdica e pedagógica, no sentido de estimular o desenvolvimento da criança e facilitar a aprendizagem de conteúdos acadêmicos.

O Lúdico e o Desenvolvimento da Criança Deficiente Intelectual

Considerando-se que a criança com deficiência intelectual
apresenta dificuldades em assimilar conteúdos abstratos, faz-se necessário a utilização de material pedagógico concreto, e de estratégias metodológicas  práticas para que esse aluno desenvolva suas habilidades cognitivas e para facilitar a construção do conhecimento. Os jogos e brincadeiras são estratégias metodológicas que apresentam as duas características acima citadas. Proporcionam a aprendizagem através de materiais concretos e de atividades práticas, onde a criança cria, reflete,analisa e interage com seus colegas e com o professor.

Para conhecer os jogos e brincadeiras entre no site: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br



Fonte: deficienciavisualsp.blogspot.com.b

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Push Girls: Seriado inovador sobre mulheres cadeirantes

Seriado Push Girls
No dia dia 04/06 foi a  estreia do seriado Push Girl que foi ao ar pelo canal Sundance. A série inovadora retratará a vida de quatro mulheres cadeirantes americanas. Ao todo serão 14 episódios mostrando a vida familiar e profissional dessas mulheres.


O interessante de Push Girl  é que o enfoque não será exclusivamente na deficiência, mas sim nas experiências dessas lindas garotas que realmente são cadeirantes. Namoro, amizade, emprego, fertilidade… são alguns temas que serão abordados nos episódios.

Mia, Auti, Angela, Chesie e Tiphany representarão as mulheres com deficiência no seu dia a dia… Lutas contra o preconceito, vitórias, fracassos… Enfim as experiências vividas por qualquer mulher, seja ela com ou sem deficiência.

Numa entrevista ao programa “Ellen Degeneres” Angela disse que não há cura para a ignorância. Com certeza não há, mas programas como estes ajudam na desmistificação de que mulher com deficiência é improdutiva, assexuada e digna de pena.


Fonte: http://www.deficienteciente.com.br

quarta-feira, 6 de junho de 2012

PARA A MELHOR PREPARAÇÃO DOS SUPERDOTADOS

Texto de Selma Carvalho

No último dia 24 de março de 2012, o portal "Terra" publicou uma matéria a respeito dos Superdotados com o título “SUPERDOTADOS TERIAM MELHOR PREPARAÇÃO EM ESCOLAS CONVENCIONAIS”.

A notícia começa narrando a história da médica Carla Gapski e seu filho Bernardo Gapski Schionato, de Curitiba-Paraná, onde, iguais as tantas outras mães de crianças superdotadas, que se surpreendem quando tem o conhecimento através de uma avaliação, que seu filho é um e que, requer uma educação especial.

Diante das dificuldades de adaptação nas escolas de ensino regular, pensa-se, num primeiro momento, numa escola especializada no atendimento do seu filho. Acredito, ser uma angústia natural que todos os pais de superdotados, no início, sentem. Até entender, depois de muito pesquisar e ir em busca de mais variados métodos de ensino e diversidades de escolas, considerando, o que cada uma têm a oferecer com aulas complementares. Em resumo, uma escola ideal, onde seu filho possa está feliz e bem adaptado, desenvolvendo suas habilidades, entretanto, concluí-se que isso não existe, e que , o melhor para o aluno é adaptá-lo no ambiente escolar do ensino regular, preferencialmente numa escola que respeite e esteja aberta à “Inclusão Educacional” e, que, tenha condições de entender o aluno e seus familiares. 

Portanto, é utopia imaginar-se que qualquer escola vai aceitar, reconhecer e trabalhar o potencial de um aluno superdotado e que, imediatamente irá ajudá-lo no seu desenvolvimento educacional e social. Pensa-se, de início, “afinal, qual escola não gostaria de ter um aluno que tem facilidade de aprendizagem e que possuem um conhecimento além do que é oferecido na escola?” Acontece que, as escolas, em sua maioria, possuem uma metodologia padrão para todos os educandos, não admitindo adaptações, e caso isso possa ocorrer, sempre o atendimento é para aqueles que tem dificuldades de aprendizagem, indicando nesse caso o reforço escolar fora da escola. Isso, referindo-se aos alunos padrões, não considerando os estudantes com necessidades educacionais especiais diversas, amparados pelas legislações, onde possuem direitos a uma educação especial inclusiva. Esses, mais ainda, as escolas alegam que não possuem estruturas para atendê-los.

Portanto, voltamos ao tema de que, nem todas as escolas estão preparadas para o atendimento dos alunos Portadores de Altas Habilidades/Superdotação. 

Segundo Maria Lúcia Sabatella, grande especialista em superdotação, escritora do Livro TALENTO e SUPERDOTAÇÃO - PROBLEMA ou SOLUÇÃO, coordenadora do INODAP em Curitiba, no Paraná, nessa matéria do "Terra", afirma que segregar não é a melhor solução e alerta para a importância desses alunos estarem inseridos num grupo heterogênio, quando afirma “As escolas é que precisam estar preparadas para atenderem as crianças. Além disso, a mistura entre alunos diferentes é muito saudável. Eles tem que aprender a lidar com a adversidade. Claro que os pais achariam ótimo que seus filhos estudassem em escolas especializadas em superdotação. Mas também, é preciso pensar que, futuramente, essas crianças serão obrigadas a enfrentar situações adversas.”

Quando se passa a compreender o que Maria Lúcia afirma, chega-se a conclusão de que é isso mesmo que realmente acontece. Mesmo que possa não existir escolas específicas para alunos superdotados, existem escolas abertas à Inclusão Educacional, e mesmo assim, caso não estejam preparadas para os eles, ou qualquer outro aluno especial, assim como não estão preparadas para nenhuma outra metodologia diferente, irão se adaptando pelas exigências dos próprios alunos e de suas famílias, e esses se adaptando à escola, ao meio educacional e social. Isso é respeitar e trabalhar as diferenças. 

Na mesma matéria, Maria Lúcia admite que também falta preparo dos professores a lidarem com os alunos superdotados, sendo acatada pela Pedagoga Maria Clara Sodré, também especialista no trabalho com esses alunos, quando afirma que “os professores brasileiros não recebem nenhuma orientação específica durante a formação, tanto nos cursos de pedagogia, quanto nos de licenciatura.” Ainda para Maria Clara, “a capacitação deveria comerçar pelo básico: ensinar aos futuros professores o que é superdotação, como identificá-la e o que a legislação garante para esses estudantes especiais.”

A respeito da Legislação que ampara os superdotados, Maria Clara diz que “ainda há um desconhecimento por parte das instituições de ensino sobre a legislação referente aos Superdotados”.

Declarando mais ainda que, os superdotados possuem direitos estabelecidos em Leis a um programa de atenção diferenciado, quando diz “Eles já têm direito a um programa de atenção diferenciado, com um curriculo mais abrangente, e atenção especial dentro e for a da escola, desde os anos de 1970, mas as instituições de ensino desconhecem. A lei também permite que esses alunos possam pular de ano, mesmo que a criança tenha capacidade apenas em uma matéria. Mas isso acontece de fato em pouquissímas escolas brasileiras. Também há a tendência natural de ter dificuldade para lidar com a novidade, que faz com que os colégios neguem ter alunos superdotados.” declarando ainda que “a legislação do país é bem avançada.”

Quanto aos Direitos dos Portadores de Altas Habilidades e Superdotação, escrevi um Texto neste Blog, link http://papoentrepais.blogspot.com.br/2011/12/legislacao-na-inclusao-escolar-dos.html, onde faço um relato do histórico das legislações na Educação Especial Incluvisa até os dias de hoje, dando enfâse aos alunos portadores de altas habilidades e superdotação. Mencionando inclusive, a publicação do mais recente Decreto de número 7.611, em 17 de novembro de 2011, onde dispõe sobre a "educação especial e o atendimento educacional especializado", abrangendo aí os Portadores de Altas Habilidades e Superdotação.

Concluindo, quero deixar uma fala de Jean Piaget, cientísta que revolucionou o modo de encarar a Educação, para refletirmos, dita em um simpósio em Genebra, quando a discussão versava sobre metodologia de ensino e lhe foi perguntado qual o médoto que ele achava melhor, estando mencionado no Livro da Maria Lúcia Prado Sabatella. Ele respondeu:

"NÃO EXISTE MÉTODO MELHOR NEM PIOR, QUE SÓ EXISTE UM TIPO DE MÉTODO: O MÉTODO ADEQUADO."



Fonte: link http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5682004-EI8266,00-Superdotados + teriam +  preparacao+ melhor + em + escolas+convencionais.html.

http://papoentrepais.blogspot.com.br


OBS.: a palavra PORTADOR não é mais utilizada quando nos referimos as diferentes deficiências, pois, quem porta algo pode deixar em qualquer momento e DEFICIÊNCIA não pode ser deixada de lado quando desejamos. No texto acima existe a palavrar PORTADOR quando se refere as Altas Habilidades, porém, trata-se de um artigo escrito por outra pessoa e não posso alterar.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Educação de alunos portadores de altas habilidades/superdotação

 

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO DE SUPERDOTADOS

. De acordo com o Censo Escolar (Brasil, 2006), apenas 2.769 alunos foram identificados como superdotados.

. No Brasil, além de terem pouca visibilidade, os superdotados constituem ainda um grupo que é pouco compreendido.

. Hostilidade encoberta por parte da sociedade àqueles que apresentam um potencial superior.

. É absurdo investir em programas para alunos superdotados quando existe um largo contingente de alunos com distúrbios e deficiências diversas que precisam de atendimento especializado.

. Apoio limitado da sociedade aos projetos na área de superdotação. Atendimento ao superdotado visto como elitista.

. Resistência à implementação de um atendimento diferenciado ao superdotado, fruto de uma série de ideas falsas sobre eles.


MITOS SOBRE OS SUPERDOTADOS

. Supervalorização de fatores genéticos, colocando-se em segundo plano o papel do ambiente para o desenvolvimento de habilidades e competências.

. O superdotado tem recursos intelectuais suficientes para desenvolver por conta própria o seu potencial superior.

. O aluno superdotado apresenta um excelente desempenho acadêmico em todas as disciplinas curriculares.

. Aluno superdotado visto como excêntrico, instável emocionalmente e isolado socialmente.

. O potencial superior se desenvolve apenas em contextos de nível sócio- econômico médio ou elevado.

. Prevalência de alunos em programas para superdotados.

. Identificado equivocadamente como autista, hiperativo ou portador de algum distúrbio de aprendizagem, como déficit de atenção, ou de problemas de conduta comportamental.

. Superdotados constituem um grupo homogêneo em termos cognitivos e afetivos.


POR QUE INVESTIR NA EDUCAÇÃO DE ALUNOS SUPERDOTADOS?


“Os alunos superdotados de hoje são os líderes culturais, econômicos, intelectuais e sociais de amanhã e seu desenvolvimento não pode ser deixado ao acaso.” (Eyre, 2004)


OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO PARA ALUNOS SUPERDOTADOS

. Desenvolver ao máximo talentos e habilidades.

. Fortalecer um autoconceito positivo.

. Ampliar as áreas de experiência.

. Desenvolver uma autoconsciência social e ética.

. Apresentar produtividade criativa.

. Promover uma aprendizagem significativa e prazerosa.


DESAFIOS NA EDUCAÇÃO DO ALUNO SUPERDOTADO

. Identificação dos pontos fortes e limitações do aluno.

. Atividades desafiadoras e intrinsecamente motivadoras.

. Currículo: conteúdo integrado, complexo, aprofundado.

. Processo de aprendizagem deve privilegiar pensamento independente, investigativo, criativo e crítico, além de prover oportunidades para reflexão/avaliação do próprio processo.

. Conscientização do público em geral, educadores, responsáveis pelas políticas públicas, pais, gestores.

. Alianças: temporárias e permanentes com instituições que apoiam a educação do superdotado.

. Defesa dos direitos deste grupo: ampliação, fortalecimento e renovação da legislação vigente; realização de congressos.


TENDÊNCIAS NA EDUCAÇÃO DO ALUNO SUPERDOTADO

. Expansão da clientela atendida

(a) Programas para talentos específicos supervisionados por mentores (parcerias com universidades).

(b) Competições e olimpíadas.

(c) Programas de enriquecimento sob a forma de atividades extracurriculares na escola ou fora dela.


TENDÊNCIAS ATUAIS NO CENÁRIO INTERNACIONAL

. Investimento na formação inicial e continuada de professores.

. Garantia, por meio de políticas públicas, de oportunidades educacionais de qualidade por meio de currículo apropriado, organização escolar, uso de recursos e parcerias com a comunidade (Moltzen, 2006).

. Implementação de uma confluência de abordagens que permitam uma aprendizagem acelerada e experiências de enriquecimento em áreas diversas.

. Entre as modalidades de programas mais utilizadas, destacam-se a aceleração de aprendizagem e enriquecimento curricular.

. Reconhecimento crescente de que as necessidades do superdotado passam pelas áreas cognitiva, afetiva e social, a serem levadas em conta nas propostas educacionais.

. Como não existe um perfil único de aluno superdotado, é necessário diversificar os procedimentos de identificação e avaliação destes alunos.

. Isto é especialmente importante no caso de alunos desfavorecidos socioeconomicamente ou alunos com dificuldades de aprendizagem.

. É fundamental estabelecer uma parceria entre família e escola no que diz respeito ao processo de estimulação das habilidades do aluno superdotado.


DIREITOS DO SUPERDOTADO 
(National Association for Gifted and Talented Children, 2007)


Você tem direito a:

. Saber mais sobre seu talento.
. Aprender uma coisa nova a cada dia.
. Desenvolver seu talento com paixão sem precisar pedir desculpas.
. Ter uma identidade para além do seu talento.
. Se sentir bem quando vivencia experiências de sucesso.
. Errar.
. Buscar ajuda no desenvolvimento de seu talento.
. Ter uma variedade de amigos.
. Escolher que áreas de talento você deseja se aprofundar e especializar.
. Não demonstrar seus talentos o tempo todo.


“O potencial do superdotado é inquestionavelmente o recurso natural mais precioso que uma civilização pode ter.” (Sternberg & Davidson, 1986)


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A referida matéria nos dar uma visão geral de forma resumida da educação dos alunos portadores de altas/superdotação. Passados 3 anos e meio, podemos notar que o tema vem sendo cada vez mais discutido e, o número de alunos reconhecidos nas escolas tanto públicas quanto particulares de ensino tem aumentado consideravelmente.

Atualmente, as políticas públicas tem intensificadas suas atuações na inclusão social e educacional de alunos da rede pública , onde os portadores de altas habilidades/superdotação estão resguardados na educação especial, tendo seus direitos garantidos nas legislações pertinentes.


Referência:

http://www.senado.gov.br/sf/comissoes/CE/AP/AP20080626_superdotados_DeniseFleith.pdf