segunda-feira, 19 de novembro de 2012



COORDENAÇÃO MOTORA - DICAS PARA PAIS e PROFESSORES



A coordenação motora da criança é estimulada desde cedo, mesmo que involuntariamente, ou seja mesmo que os pais não tenham esta consciência. Através de movimentos com as mãozinhas para pegar objetos, depois os primeiros passinhos, o rastejar no tapete, tudo isso engloba o desenvolvimento da coordenação motora. 

Já em fase pré-escolar (1º ANO) a coordenação é ‘treinada’ em atividades especificas para a idade, como exercícios motores de desenhos, símbolos  etc. Para compreender melhor o significado da coordenação motora veja abaixo uma explicação mais detalhada:

Coordenação motora é a capacidade de coordenação de movimentos decorrente da integração entre comando central (cérebro) e unidades motoras dos músculos e articulações.Classifica-se a coordenação motora em três grupos:

- Coordenação motora geral: Este tipo de coordenação permite a criança ou adulto dominar o corpo no espaço, controlando os movimentos mais rudes.Ex: Andar, Pular, rastejar, etc.

- Coordenação motora geral específica: Permite controlar movimentos específicos de uma atividade. Ex: Chutar uma bola (futebol), bandeja (basquete), etc.

- Coordenação motora fina: É a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos músculos, produzindo assim movimentos delicados e específicos. Este tipo de coordenação permite dominar o ambiente, propriciando manuseio dos objetos. Ex; Recortar, lançar em um alvo, costurar, escrever, digitar, etc.


O Papel do Professor e dos Pais

Existem pequenas modificações que podem tornar a vida da criança com Transtorno Desenvolvimento Coordenação mais fácil.Aqui vão algumas ideias que podem ser úteis; a terapeuta ocupacional pode dar sugestões adicionais.

Em Casa

1.Encoraje a criança a participar de jogos e esportes que sejam interessantes para ela e que dêem oportunidade para praticar e se expor a atividades motoras. Devem-se enfatizar atividades físicas e de divertimento, em vez de competição.

2.Tente introduzir a criança, individualmente, em atividades esportivas novas ou ao novo parquinho, antes de ela ter que lidar com essas mesmas atividades em situação de grupo.Tente rever as regras e rotinas relacionadas a cada atividade (ex.: regras de futebol ou do basquetebal) em um momento em que a criança não esteja concentrada nos aspectos motores. Faça perguntas simples à criança, para garantir compreensão (ex.: "O que você deve fazer para chutar a bola?"). Aulas individuais podem ser úteis em certos momentos, para ensinar habilidades específicas à criança.

3 .A criança pode mostrar preferência por esportes individuais (ex.: natação, corrida, bicicleta, patins) ou obter melhor desempenho neles, em vez de esportes de grupo. Se esse for o caso, então tente encorajar a criança a interagir com colegas em outras atividades nas quais ela tenha chance de obter sucesso (ex: escotismo, música, teatro, ou artes).

4. Encoraje a criança a ir para a escola com roupas que sejam fáceis de vestir e retirar. Por exemplo: calças de elástico e camiseta de malha, calça de malha ou lycra, suéter e tênis com velcro. Quando possível, use fechos de velcro em vez de botões, fechos de pressão ou cadarços de amarrar. Ensine a criança a manejar fechos mais difíceis quando você estiver com tempo e paciência (ex.: no fim de semana, nas férias), ao invés de quando você está apressada para sair de casa.

5- Estimule a criança a participar de atividades práticas que vão ajudar a melhorar sua habilidade para planejar e organizar tarefas motoras. Por exemplo: colocar a mesa,preparar um lanche ou organizar a mochila. Faça perguntas que ajudem a criança a focar na seqüência de passos (ex: “O que você precisa fazer primeiro?”). Reconheça que, se sua criança está ficando frustrada, pode ser que seja o momento de ajudar ou de dar orientação e instruções mais específicas.

6. Reconheça e reforce os pontos fortes da criança. Muitas crianças com Transtorno desenvolvimento de Coordenação demonstram boas habilidades em outras áreas, tais como: habilidade avançada de leitura,imaginação criativa, sensibilidade para as necessidades dos outros ou habilidade de comunicação verbal elevada.

Na Escola

Professores e pais podem trabalhar juntos para garantir que a criança com Transtorno Desenvolvimento de Coordenação obtenha sucesso na escola. Para os pais, pode ser útil reunir-se com a professora no início do ano escolar para discutir as dificuldades específicas da criança e dar sugestões de estratégias que funcionaram bem. Um plano individualizado de educação pode ser necessário para algumas crianças, entretanto, para outras, as seguintes modificações podem ser suficientes.

Na Sala de Aula

1. Certifique-se de que a criança esteja posicionada apropriadamente na carteira para começar qualquer trabalho. Certifique-se de que os pés da criança estejam totalmente apoiados no chão; que a carteira tenha altura apropriada e que os antebraços estejam confortavelmente apoiados sobre a mesma.

2.Tente traçar metas realistas e de curto prazo. Isso vai garantir que, tanto a criança como a professora, continuem motivados.

3.Tente dar um tempo extra para que a criança complete atividades motoras finas, tais como matemática, escrita, redação, atividades práticas de ciências e trabalhos de arte. Se há necessidade de velocidade, esteja disposta a aceitar um produto de menor qualidade.

4.Quando copiar não for o objetivo, tente preparar folhas de exercício impressas ou pré -escritas para permitir que a criança foque na tarefa. Por exemplo: dê-lhe folhas com exercícios de matemática previamente preparados; páginas com perguntas já escritas, ou em exercícios de compreensão de texto, ofereça lacunas para preencher. Para estudar em casa, faça fotocópia das anotações feitas por outro aluno.

5.Introduza o computador o mais cedo possível, para reduzir a quantidade de escrita à mão que é exigida em períodos mais avançados de escolaridade. Apesar de, a princípio, digitação ser difícil, essa é uma habilidade que pode ser de grande benefício e, na qual,crianças com problemas de movimento podem se tornar bastante proficientes.

6.Ensine às crianças estratégias específicas de escrita à mão, que as encorajem a escrever com letras de forma, ou cursiva, de maneira consistente. Use canetas hidrográficas ou adaptadores de lápis, se eles parecem ajudar a criança a melhorar o padrão de preensão ou a reduzir a pressão do lápis no papel.

7.Use papel de acordo com as dificuldades de escrita da criança. Por exemplo:

a) linhas bem espaçadas para a criança que escreve com letras muito grandes;

b) papel com linha ressaltada para a criança que tem dificuldade para escrever dentro

das linhas;

c) papel quadriculado para a criança cuja escrita é muito grande ou mal espaçada;

d) papel quadriculado, com quadrados grandes, para a criança que tem problema

para alinhar os números na matemática.

8.Tente focar no objetivo da lição. Se a meta é uma história criativa, então ignore a escrita bagunçada, mal espaçada ou as várias apagações. Se a meta é que a criança aprenda a formar um problema de matemática corretamente, então dê tempo para que isso seja feito, mesmo que o problema de matemática acabe não sendo resolvido.

9.Considere a possibilidade de a criança usar métodos alternativos de apresentação para demonstrar compreensão ou domínio do assunto. Por exemplo: a criança pode apresentar o relatório oralmente; pode usar desenhos para ilustrar suas ideias; digitar a redação ou o relatório no computador; gravar a história ou o exame no gravador.

COORDENAÇÃO MOTORA FINA

Mais ATIVIDADES  para  AJUDAR!

1. Pegue um daqueles vidros de remédio com conta gotas que você tem no armário. Ensine a criança a apertar a borracha usando o dedo polegar e o dedo indicador. Use um timer e o programe para 5 segundos.Veja quantas vezes a criança consegue apertar. Faça isso várias vezes ao dia com a criança e assegure que ela use ambas as mãos. Esse movimento vai ajudar à criança a ter firmeza ao segurar o lápis para escrever.

2. Esse exercício é muito bom mas funciona melhor se você tiver uma maçaneta redonda.O processo é o mesmo do número 1. Pegue um timer e marque quantas vezes a criança consegue rodar a mão para abrir a porta. Esse movimento é bom para o pulso e, com certeza, vai ajudar a criança a posicioná-lo na hora de escrever.

3. Providencie um daqueles brinquedos de plástico que se coloca na banheira para a criança brincar. Sabe aqueles fáceis de apertar? Brinque com a criança no banho que é mais divertido, mas deixe que ela aperte o brinquedo. Esse movimento ajuda na flexibilidade dos dedos.

4. Arrange um chocalho para o próximo exercício. Você pode inclusive confeccionar um com garrafinhas de plástico de refrigerante e macarrão, milho ou lentilha dentro. Ensine a criança a balançar o chocalho para frente e para trás mas sem mexer o braço, somente o pulso. Se for necessário, nas primeiras vezes, segure o anti-braço da criança para que ela não o mexa. Esse exercício dá mais agilidade para o pulso.

5. Coloque areia numa bacia e faça desenhos junto com a criança. Incentive o uso do dedo indicador na confecção do desenho. Deixe que a criança brinque depois. Explore outras texturas com a criança. Tinta, milho, arroz, creme de barbear, água com anilina colorida e algodão são outros exemplos.

6. Rasgar jornal e papel também ajuda. Você pode convidar a criança para depois fazer uma chuva de papel ou uma grande colagem.

7. Compre uma folha de EVA e recorte algumas figuras (de preferência as preferidas da criança). Por exemplo, se ela gosta de carros,corte figuras de um carro comum, um de corrida e um jipe. Se a menina gosta de brincar de bonecas, corte uma camiseta para boneca, chapéu e bolsinha. Escolha duas figuras apenas para começar. Faça um furo no meio das figuras e entregue um cadarço para a criança. Sentado atrás da criança faça com ela o movimento de constura, enfiando o cadarço nas figuras. Primeiro use sua mão por cima da criança. Aos poucos, faça menos pressão nos movimentos até que a criança coloque duas figuras independentemente. Aí sim você pode incorporar mais figuras. Esse exercício ajuda muito no movimento de pegar o lápis. Aconselha-se começar com figuras de EVA para depois passar a pequenas contas.

8. Ensine a criança a desenhar linhas. Faça primeiro umalinha horizontal _________ e diga a ela: “Copia o que eu faço”// “Faça isso!” e deixe ela copiar. Se a criança não conseguir fazer, utilize a sua mão por cima da dela para que ela consiga sucesso no início. Aos poucos diminua a pressão até que a criança consiga fazer o exercício sozinha. Depois de fazer ________, passe para linha vertical, X, + , O, D. Mais tarde tente sol, face, pessoa, árvore,etc.

9. Aplicar técnicas simples como:

*Pontilhismo ajuda a melhorar a coordenação dos pequenos músculos, (movimento pinça), e ainda aproveitamos o momento em ajudar a crianças a manusear corretamente canetinhas que tanto gostam, o cuidado com a ponta, a força utilizada... entre outros.


*Rasgar papel livremente utilizando, de início, papéis que não ofereçam muita resistência ao serem rasgados. • Rasgar papel em pedaços grandes, em tiras, em pedaços pequenos.

*Recortar com tesoura: • Treinar o modo de segurar a tesoura e seu manuseio, cortando o ar, sem papel.• Recortar vários tipos de papel com a tesoura livremente.• Recortar tiras de papel largas e compridas.• Recortar formas geométricas e figuras simples desenhadas em papel dobrado.


*Colar: • Colar recortes em folha de papel, livremente.• Colar recortes em folha de papel, apenas numa área determinada.• Colar recortes sobre apenas uma linha vertical.• Colar recortes sobre apenas uma linha horizontal.• Colar recortes sobre apenas uma linha diagonal.

*Modelar: • Modelar com massa e argila e formas circulares, esféricas, achatadas nos pólos (como tomate), ovais, cônicas (como cenoura), cilíndricas (como pau de vassoura), quadrangulares (como tijolo), etc.

*Perfurar: • Perfurar livremente uma folha de isopor com agulha de tricô ou caneta de ponta fina sem carga.• Perfurar folha de cartolina em seqüência semelhante à proposta para o trabalho com isopor.• Perfurar o contorno de figuras desenhadas em cartolina e procurar recortá-las apenas perfurando.

*Bordar: • Enfiar macarrão e contas em fio de náilon ou de plástico.• De início as contas e o macarrão terão orifícios graúdos e o fio será bem grosso e firme. Numa segunda etapa, o material deverá ter orifícios menores e os fios deverão ser mais finos e flexíveis. • Bordar em talagarça. • Alinhavar em cartões de cartolina.• Pregar botões.

*Manchar e traçar: • Fazer os quatro exercícios seguintes usando inicialmente giz de cera e depois pincel e tinta, lápis de cor e lápis preto.• Fazer manchas em folha de papel, livremente.•Fazer manchas dentro de figuras grandes.•Fazer manchas sobre uma linha.
• Fazer manchas entre linhas paralelas, de início distantes e depois mais próximas.• Passar andando por dentro de caminhos feitos com cordas estendidas no chão, como pré-requisito para realizar os exercícios que se seguem.• Com caneta hidrográfica passar um traço entre duas linhas paralelas.• No papel sulfite, entre as linhas paralelas, traçar várias linhas com lápis de cor, cada uma de uma cor (traço do arco-íris).• Traçar linhas sobre desenhos e letras pontilhadas em papel sulfite.

*Pintar: • Pintar áreas delimitadas por formas geométricas e partes de desenhos de objetos.

*Dobrar: • Dobrar folha de papel ao meio, na altura de linhas pontilhadas (horizontais e verticais) marcadas na folha. • Dobrar guardanapos de papel e de pano em retas perpendiculares e diagonais em relação às bordas. • Dobrar papel e montar figuras (cachorro, chapéu, sapo, flor, etc.)

Considerações Importantes:

O entendimento dos processos relacionados à motricidade  é de suma importância para o auxílio centrado no desenvolvimento do aprendiz. Várias crianças tem apresentado deficit de aprendizagem devido á ausência de trabalhos focando certas habilidades necessárias a este avanço. Neste caso é necessário o apoio de um Psicopedagogo, que fará o diagnóstico e certamente, indicará a melhor maneira de se trabalhar com estas crianças. Todavia, este quadro pode ser evitado, se as Instituições responsáveis Família e Escola adotarem o "brincar" como recurso necessário e diário.

A criança que anda sobre uma linha no chão; pula pneus, corda, amarelinha; rasteja; corre; engatinha; encontra objetos escondidos; percebe diferenças entre o cenário anterior e o atual; participa de atividades de musicalização; canta; dança; brinca de roda, de cabra cega, de passar anel, de baliza, de pique-pega, de pique-esconde, de pique-cola, de macaco disse, de Maria viola, etc... dificilmente apresentará dificuldades no processo de alfabetização. Os tradicionais rabinhos de porco e pontilhados dão lugar ao brincar com função pedagógica, andar sobre o rabinho de porco, desenhar no chão e observar seu desenho e os desenhos dos colegas. Ainda, adquirir ritmo através da musicalização, esquerda / direita, em cima / em baixo, fino / grosso, alto / baixo, grande / pequeno e tantas outra habilidades que possibilitam um rápido entendimento do processo de escrita e da leitura. Movimentos de pinça (pegar objetos com a ponta dos dedos), soprar canudinhos (bolinha de sabão), confeccionar pipas e brinquedos, rasgar e embolar papéis, reconhecimento de partes do seu corpo (macaco disse), favorecem o pegar no lápis e nos demais objetos escolares, estimulam o traçado das letras e a observação das diferenças entre b e d, por exemplo.

Enfim..quanto mais concreto e lúdico for o contato das crianças com materiais e situações  que propiciem a  manipulação e  a organização, mais desenvolvimento motor terá para as atividades que exigirem escrita, leitura e  cálculos. 



Recursos Bibliográficos:
Angela Adriana de Almeida Lima
http://www.blogdacrianca.com/coordenacao-motora-fina/#ixzz1rGFiVg9k http://dcd.canchild.ca/en/EducationalMaterials
http://depalavraempalavrainclusao.blogspot.com.br/
http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com.br

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Jogos Pedagógicos confeccionados com Papelão


Jogos Pedagógicos confeccionados com Papelão

Brinquedo Pedagógico feito de Papelão...

E você pode explorar formas geométricas. Por exemplo, triângulos e quadrados. Enfim, opções de formas diferentes, Letras, Pode fazer Alfabeto inteiro.
- Seis camadas de papelão do tamanho de 150x150 mm. coladas;
- perfurados Os Pinos de madeira são colocados nas Três(3) camadas superiores;
Fonte: playandgrow.ru

Trabalhando a Coordenação com Lego
Tire uma foto de perto de cada criação Lego.
Fonte: kidsactivitiesblog.com

 JOGO da imagem correspondente/MEMORIA, feito de papelão e tampinhas.. - CORES
Fonte: .playandgrow.ru


JOGO da imagem correspondente/MEMORIA, feito de papelão e tampinhas.. - NÚMEROS
Fonte: .playandgrow.ru
IMAGEM p/ IMPRESSÃO- Números
JOGO da imagem correspondente feito de papelão e tampinhas.. - Cores



JOGO da imagem correspondente/MEMORIA, feito de papelão e tampinhas.. - CORES
Fonte: .playandgrow.ru
IMAGEM p/ IMPRESSÃO- Números
JOGO da imagem correspondente feito de papelão e tampinhas.. - Cores

Matemática com cartas de baralho.
Fonte:firstgradeschoolbox.blogspot.com.br

JOGO da imagem correspondente feito de papelão e tampinhas.. - BICHOS
Fonte: .playandgrow.ru
IMAGEM p/ IMPRESSÂO
JOGO da imagem correspondente feito de papelão e tampinhas.. - BICHOS 

Fonte: .playandgrow.ru

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

15 IDÉIAS DE ATIVIDADES PARA DESENVOLVER A LINGUAGEM NO AUTISTA



15 IDÉIAS DE ATIVIDADES PARA DESENVOLVER A LINGUAGEM NO AUTISTA



Os exemplos sugeridos abaixo para atividades interativas com o objetivo de desenvolver a comunicação verbal são apenas breves descrições das atividades. No Programa Son-Rise, os facilitadores procuram construir a interação e ajudar a pessoa com autismo a ficar altamente motivada por uma ação deste facilitador antes de solicitar algo dela. 

Por exemplo, o facilitador faz cócegas várias vezes na criança sem pedir nada para ela. Apenas quando a criança já está altamente motivada pelas cócegas e demonstra de alguma forma querer mais, o facilitador solicita algo que é um desafio para ela, como falar uma palavra isolada ou sentença, olhar nos olhos, fazer algum gesto ou performance física específica, etc. 

No momento em que a pessoa está altamente motivada por uma ação do facilitador, ela tem a motivação como sua aliada para superar suas dificuldades e desenvolver habilidades. Ela supera suas dificuldades enquanto brinca! O prazer e a diversão na interação social levam a pessoa com autismo a querer interagir cada vez mais com outras pessoas e, conseqüentemente, aprender novas habilidades sociais. Investir na conexão amorosa e divertida com a pessoa com autismo beneficia o relacionamento e o aprendizado social. Divirta-se com as atividades! 

1. Ofereça variações divertidas dentro de uma mesma motivação (interesse) para permitir a repetição de uma mesma palavra.
Por exemplo: Torne-se uma “Máquina de Apertar”. Modele a palavra “apertar” para a pessoa, pendure um papel com a palavra “apertar” na sua camiseta, ofereça várias formas de apertar a pessoa (massagem) e, quando ela estiver altamente motivada, peça para ela falar a palavra “apertar” para a “Máquina de Apertar” funcionar. Utilizando o mesmo princípio, você pode criar uma atividade onde você é a “Máquina de Comer” (que vai “comendo o pé ou mão” da pessoa) e a palavra que a pessoa fala é “comer”. Você também pode ser a “Caixa de Música”, e a pessoa fala a palavra “música” para você começar a tocar instrumentos ou cantar. 

2. Pratique sons específicos da articulação de fala em uma canção. Por exemplo: Se a pessoa gosta da canção “Seu Lobato Tinha um Sítio”, adapte os versos para incluir sons de fala que a pessoa tem dificuldade para articular. Você pode cantar “Era ‘t-t-t’ prá cá, era ‘t-t-t’ prá lá, ia ia iou” se a pessoa tiver dificuldade em pronunciar o “T”. Você canta e convida a pessoa para cantar com você. 

3. Demonstre para a pessoa que quando ela diz a palavra inteira de forma clara ela consegue mais o que quer do que quando diz aproximações da palavra. Por exemplo: Se a pessoa tende a omitir as consoantes iniciais das palavras, prenda um papel com a letra “C” na sua mão direita e as letras “ócega” na sua mão esquerda. Se a pessoa disser “ócega”, faça cócegas nela com a mão esquerda. Quando ela disser a palavra toda, ofereça cócegas com suas duas mãos. Você pode criar o mesmo tipo de atividade com palavras como “massagem”, “carinho”, etc. 

4. Seja o médico de língua! Concentre o foco nos movimentos da língua para auxiliar uma articulação de sons mais clara. Por exemplo: Providencie um conjunto de fantoches e bonecos de pelúcia que abrem a boca. Você poderia até colar línguas de papel ou tecido em cada boca. Cada boneco tem uma dificuldade específica no movimento da língua. Peça para a pessoa com autismo para ajudar você a examinar a boca de cada boneco com um daqueles palitos (ou com a própria mão). Prescreva vários movimentos de língua para cada boneco. Depois de examinar todos os bonecos, faça com que um dos bonecos examine a pessoa com autismo e prescreva para ela um exercício específico de língua. Se a pessoa quiser, ela pode examinar você também! 

5. Combine várias das motivações da pessoa para que a atividade seja ainda mais atraente.
Por exemplo: Faça um cartaz com a palavra “Música” e outro com a palavra “Correr” ou “Pegar”. Modele a brincadeira jogando uma almofada em um cartaz. Jogue na palavra “Música” e comece a tocar um instrumento ou cantar. Jogue na palavra “Pegar” e saia correndo em direção à pessoa para um “pega-pega”. Quando a pessoa estiver altamente motivada por “música” ou “pegar”, peça para ela dizer a palavra correspondente à ação que deseja. 

6. A pessoa dá as instruções para você achá-la no quarto e ganha o prêmio de “Melhor Instrutor”.
Por exemplo: Entre no quarto com um grande chapéu na cabeça e anuncie que a pessoa acaba de ganhar um prêmio muito especial. Quando você estiver prestes a entregar o prêmio para ela, faça com que o seu chapéu cubra os seus olhos e estimule a pessoa a ajudar você a chegar até ela sem conseguir enxergar. No início, ela pode utilizar comandos simples como “para frente” e “para trás”. Depois de um tempo, você pode se colocar atrás de obstáculos para encorajá-la a dizer “Passe por cima do banco”, ou “Pule sobre a almofada”. 

7. Crie sentenças ao oferecer variações em cima de uma mesma motivação, demonstrando para a pessoa que ela consegue exatamente o que quer quando utiliza sentenças mais longas. 
Por exemplo: Crie um cartaz com a silhueta de um corpo. Nomeie cada parte do corpo com um cartão removível. Na parte de cima do cartaz, escreva “Colorir ______”. Peça para a pessoa pegar o cartão que corresponde à parte do corpo que ela quer que seja colorida e que o coloque no espaço para completar a sentença. Quando ela estiver altamente motivada, estimule a pessoa a dizer a sentença completa. Se ela disser apenas “colorir”, responda colorindo algo fora do corpo. Se ela disser apenas “perna”, responda balançando a sua própria perna. A idéia é incentivar a pessoa a dizer “colorir perna” ou “colorir a perna” para você “entender” e colorir a perna no corpo do cartaz. 

8. Escreva uma sentença em uma cartolina e a cole com fita crepe no chão. Peça para a pessoa pisar em cima e dizer cada palavra da sentença para ganhar a ação motivadora ainda mais rápido.
Por exemplo: A sentença pode ser “Eu quero uma canção”. Quando a pessoa terminar de falar a sentença, 
imediatamente comece a cantar a canção favorita da pessoa. Quando você terminar aquela canção, peça para a pessoa falar a sentença de novo e, quando ela completar a sentença, cante uma outra canção. 

9. Construa sentenças com blocos que caem no chão.
Por exemplo: Providencie blocos bem grandes (como tijolos de papel ou espuma, ou até caixas de sapato). Cole em cada bloco uma palavra da sentença “Eu quero que os blocos caiam”. Comece a construir uma torre com o bloco que tem a palavra “Eu” no chão. Continue a construir a torre e a sentença assim por diante. Quando a pessoa disser a sentença completa, faça com que a torre desabe de forma divertida. 

10. Pegue palavras para combiná-las em uma sentença e então dramatizar a ação de cada sentença.
Por exemplo: Monte um trilho de trem em volta do quarto e a cada estação ofereça para a pessoa um série de opções de cartões com uma palavra em cada um. Peça para a pessoa escolher uma das palavras e colocar o cartão como carga no trem. Quando o trem chegar ao fim da linha e tiver algumas palavras nele, ajude a pessoa a combinar as palavras e criar uma sentença para falar. Depois de criada a sentença, você dramatiza a cena correspondente. Por exemplo, a sentença é “O macaco pula na floresta” e você pula pelo quarto dançando e cantando como um macaco. 

11. Invente uma canção sobre um tópico que é do interesse da pessoa e peça para ela completar com palavras ou sentenças de forma a estimular sua comunicação verbal espontânea.
Por exemplo: Invente uma canção sobre a Barbie viajando pelo mundo. Você pode utilizar a melodia de uma canção conhecida e modificar a letra. Quando a pessoa estiver altamente motivada, experimente deixar “espaços” em silêncio para ver se ela completa com alguma palavra espontânea. 

12. Invente uma história engraçada e até sem sentido para estimular a fala espontânea.
Por exemplo: Faça uma pilha de cartões com uma palavra em cada um, palavras relacionadas aos interesses da pessoa. Inclua cartões que contenham apenas um ponto de interrogação. Escreva então uma história com a pessoa em uma cartolina. Escreva meia sentença e faça uma pausa. Pegue um cartão e use a palavra para completar a sentença. Se você pegar um ponto de interrogação, você ou a pessoa podem inventar qualquer palavra para escrever naquele ponto da história. Quanto mais engraçada e sem sentido a história melhor! 

13. Estimule sentenças mais completas e espontâneas encorajando a pessoa a inventar histórias engraçadas.
Por exemplo: Faça duas pilhas de cartões. Uma pilha contém figuras de pessoas fazendo diferentes ações. A outra pilha contém figuras de diversos objetos. Comece pegando um cartão de cada pilha e crie uma sentença que associe uma palavra com a outra. Por exemplo, você pega um cartão de um homem cortando a grama e outro de uma escova de cabelo. Você poderia então dizer “O Beto esqueceu que ele tinha uma máquina de cortar grama e usou a escova de cabelo para cortar a grama do jardim”. Convide a pessoa para fazer uma sentença na vez dela. 

14. A pessoa com autismo é o entrevistador de um programa de rádio! Encoraje a conversação através da dramatização de vários personagens.
Por exemplo: Traga um gravador para o quarto e represente os diversos personagens que serão entrevistados pela pessoa. Você pode representar o elenco de um filme ou livro favorito. Estimule a pessoa a entrevistá-lo por 3 minutos. Se ela mudar o assunto, pare de gravar e a estimule a voltar para o assunto da entrevista. 

15. Jogue “Boliche de Conversa” para praticar a habilidade de alternar a vez de falar sobre um assunto.
Por exemplo: No fundo de cada pino de boliche está escrito um tópico para conversa (ex: férias, o mar, seu melhor amigo, etc.). A cada vez que você derrubar os pinos, escolha um deles e fale sobre o respectivo tema por 1 minuto.

Você pode utilizar um cronômetro durante a atividade. 

(Direitos autorais reservados ao The Option Institute and Fellowship © 2004, site www.autismtreatmentcenter.org) 
© 2009 Inspirados pelo Autismo

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Curso: AMA - Associação de Amigos do Autista


Curso para o mês de novembro, aproveitem...


           O Relation Play ou “Jogo das Relações” foi desenvolvido na Inglaterra, por Veronica Sherbone. É uma técnica que consiste numa série de movimentos e jogos que promovem a comunicação, o autoconhecimento, a autoconfiança e a capacidade de relacionamento com o meio ambiente e com outras pessoas. Aplica-se praticamente a todas as idades, mas assume um maior relevo em crianças com necessidades especiais, sobretudo para pessoas com autismo. Curso 70% prático e 30% teórico por isso recomendamos o uso de roupas leves. O curso não tem pausa para almoço, apenas um intervalo as 11 hrs de 15 min.

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RELATION PLAY
Data: 24 de Novembro de 2012
Horário: 08:00h às 14:00h
Local: Unidade Luis Gama, 890, Cambuci, São Paulo

Tutores:Giselle Taiuni e Murilo Nosella 
botao_maisinfo

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Projeto de Lei quer preferência de vagas em escolas e creches para crianças com deficiências



PL quer preferência de vagas para deficientes

                                                                                             Jornal O Imparcial
                                                                          Presidente Prudente - SP, 07/11/2012



Crianças com necessidades especiais múltiplas poderão ter preferência 

na reserva de vagas em creches e escolas da rede pública de ensino em

Presidente Prudente.


O projeto de lei (PL) 709/15, que dispõe sobre esta proposta é de autoria dos 
vereadores Alba Lucena Fernandes Gandia (PTB) e Izaque José da Silva 
(PSDB), e foi apreciado em primeira discussão, anteontem, em sessão ordinária 
realizada pela 15a Legislatura da Câmara Municipal.

A intenção dos parlamentares é promover “ações afirmativas que promovam 
a inclusão” destes estudantes. Segundo a parlamentar que também preside a 
casa de leis, várias mães de crianças deficientes já a procuraram pedindo
que uma providência desta natureza fosse tomada. Conta que já teve até que 
encaminhar alguns casos à Promotoria. “Daí nasceu a necessidade de criar vagas
prioritárias para estes pequenos”, relata.

No PL, os legisladores pontuam que, uma vez em vigor, a reserva deve ser 
feita sob comprovação documental, atestando as reais necessidades das 
crianças ou requerentes.

                                                      

                                                                                                             Fonte: http://www.imparcial.com.br

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Princípios do Método Son-Rise - Tratamento do Autismo



Princípios do método The Son-Rise Program®

Princípios que fazem doTHE SON-RISE PROGRAM® um método único e efetivo de tratamento do Autismo

    • O potencial da sua criança é ilimitado.
      Não acreditamos em “falsa” esperança. Não podemos prever o que cada criança vai alcançar, mas não aceitamos que a alguma criança ou pai seja dito aquilo que não vai alcançar. Nenhum pai deve ter de pedir desculpas por acreditar na sua criança.
    • O Autismo nunca é uma perturbação comportamental:
      É uma perturbação relacional e interativa. Na sua essência, é um desafio neurológico em que as crianças têm dificuldades de relacionamento e de conexão com as pessoas à sua volta. A maioria dos chamados desafios comportamentais tem a sua origem neste défice relacional. É por isso que a nossa dinâmica, entusiasmo e método de brincadeiras focam tão intensamente a socialização. Claro que queremos que se divirta com a sua criança, mas mais importante, queremos que a sua criança se divirta consigo.

    • with child
    • Motivação, e a não repetição, são a chave de toda a aprendizagem.
      Muitas das abordagens tradicionais são “contra o cérebro”, tentam formatar as crianças ensinando-as através da repetição infinita. Em vez disso, procuramos as motivações específicas de cada criança e usamo-las para lhes ensinar as competências que necessitam de adquirir. Assim, temos não só a participação voluntária da criança, mas também um período de atenção mais longo e aumento das suas competências.
    • Os comportamentos repetitivos (stims) da sua criança  tem uma enorme importância e valor.
      Temos um profundo respeito e aceitação pelas nossas crianças. Isso permite-nos atravessar a barreira que separa o seu mundo do nosso, fazendo algo ousado e pouco usual. Em vez de a parar, juntamo-nos à criança nos seus comportamentos ritualistas e repetitivos. Fazendo isto, criamos afinidades e ligação, a plataforma de toda a educação e desenvolvimento futuro. Ao participar com a criança nestes comportamentos, promovemos o contacto ocular, desenvolvimento social e inclusão de outros nas brincadeiras.
    • A sua criança pode evoluir no ambiente adequado.
      A maioria das crianças dentro do espectro autista está sobre-estimulada por uma quantidade de distrações que a maioria de nós nem sequer repara. Iremos mostrar-lhe como criar um ambiente livre de distrações e onde as interações sejam facilitadas. Paralelamente, este quarto de jogos/trabalho (playroom) fará diminuir as situações de “conflito” e tensão que inibem o progresso e a interação adequada, possibilitando não só o desenvolvimento, como também uma interação mais próxima, que os pais tanto anseiam.
Your child can progress in the right environment
    • Os pais e profissionais são mais efetivos quando se sentem confortáveis, e otimistas acerca das capacidades da sua criança e com esperança relativamente ao seu futuro.
      Muitas vezes, os pais são confrontados com diagnósticos assustadores e pessimistas relativamente à sua criança. É-lhes dito o que a criança nunca irá fazer e o que nunca poderá ter. Não aceitamos que alguém possa dizer o que a criança nunca irá alcançar. Ajudamos os pais a focarem-se na atitude e a recuperar o otimismo e a esperança. Ajudamo-los a ver o potencial da sua criança e assim conseguirem definir objetivos. Nesta perspectiva, vimos já que tudo é possível. Adicionalmente, aos profissionais, muitas vezes não é dada a ajuda  a orientação que necessitam para que possam ajudar a criança com quem estão a trabalhar. Compreendemos a pressão com que os profissionais lidam diariamente e, deste modo, poderemos dar-lhes uma fórmula que lhes permita sentirem-se com a energia e força e fornecer-lhes as ferramentas para que possam ajudar também as crianças com quem trabalham.
    • O The Son-Rise Program® pode ser efetivamente combinado com outras terapias complementares tais como: Intervenções Biomédicas; terapias sensoriais; Dietas sem Glúten e sem Caseine, Terapias de integração auditiva entre outras.
      O The Son-Rise Program® foi desenhado de forma a poder ser adaptado às necessidades de cada criança. Tendo trabalhado com milhares de crianças, com uma diversidade de desafios, observamos que sempre que são incluídas e aplicadas outras terapias, utilizando os princípios do The Son-Rise Program® , a intervenção é muito mais eficaz do que quando utilizada isoladamente. Algumas abordagens, que tem princípios diferentes daqueles que defendemos, têm demonstrado ser contra prudocentes no sucesso do programa e confundem a criança. Podemos ajudá-lo a definir a intervenção mais eficaz para a sua criança.

                                                                                                         Fonte: http://www.vencerautismo.org






terça-feira, 6 de novembro de 2012

A caixa e a mesa sensorial - Montessori em casa

É uma tarefa difícil condensar em um único e sucinto post tudo o Que pode ser feito e trabalhado numa “simples” caixa ou mesa sensorial, como aquela que mostrei no post da massinha.

Melhor começar do começo né?

O que é para que serve uma caixa ou mesa sensorial?

Os educadores que aplicam os princípios de base da pedagogia Montessori sabem que o desenvolvimento sensorial é extremamente importante para a criança. As crianças aprendem por meio de seus sentidos e é ai que entram as “caixas” e “mesas” sensoriais.

Dentro dessas mesas são colocados elementos que visam desenvolver e afinar o senso visual, tátil, olfativo e até mesmo gustativo. Para este ultimo, imagine um recipiente com gelatina ou pudim ou espaguete cozido, no qual seu filho pequeno (bebê) possa enfiar a mão com tudo, botar na boca sem medo de ser feliz. Você fica tranquila por ele tomar contato com texturas, cores e temperatura e não corre o risco de ele colocar algo perigoso na boca.

Ali, naquele momento de brincadeira, a criança é envolvida por vários elementos e conceitos que lhe darão noções básicas de cores, formas, tamanhos, texturas, bem como desenvolver a coordenação motora fina, construir conhecimentos de matemática, ciências e promover conexões cerebrais. O vocabulário também é ampliado, uma vez que a criança aprende, na pratica (e com os seus sentidos) o que é opaco, transparente, quente e gelado (atividades com gelo), espesso, fluido, etc. Tudo isso é propiciado por meio de uma brincadeira sensorial.

A outra vantagem da caixa sensorial é de limitar o espaço/área da brincadeira (e da bagunça). Não da para brincar de fazenda, utilizando milho, feijão e serragem e deixar a brincadeira rolar solta no meio da sala. Além do que a criança aprende a ter noção e limitação do espaço, do dentro e fora. Eu recomendo um tapete ou um lençol, algo estendido no chão para limitar a bagunça e caso caia o conteudo para fora da caixa fica mais facil recolher, guardar e limpar.

As “caixas” que tenho utilizado aqui em casa são organizadores de plástico. Nada impede que uma bacia, balde ou caixa de papelão sejam utilizados. O importante é ter o recipiente e escolher o conteúdo com o qual será “trabalhado” dentro dele.

Falando em conteúdo, é ai que devemos prestar atenção. Se a criança ainda esta na fase oral marcante, não é recomendável colocar elementos (de risco) que ela possa engolir, tais como botões, bolinhas, grãos, etc. Segurança e prudência em primeiro lugar. E mesmo para os maiores, temos que ficar por perto, observando e supervisionado. E, importante, estar preparada (e ZEN!) para eventual bagunça.



Caixa de outono e floresta – Contém as cores amarela e marrom. Tem nozes e tocos de arvore. Os personagens foram escolhidos por ela e ali mesmo inventou historias. Nesse momento Béatrice foi “transportada” para o universo contido na caixa e ai esta mais um ponto positivo: o favorecer a concentração e relaxamento da criança. Percebo que Béatrice se desliga do mundo e fica compenetrada e envolvida nos elementos (simples) disponíveis na caixa. É como se nesse momento ela estivesse sendo guiada pelos seus sentidos.

A caixa com temas pode ser montada aos poucos, colocando elementos durante a semana. No outono, por exemplo, pode começar com as folhas e disponibilizar uma lupa para que elas sejam observadas. Depois vem sementes, galhos, gravetos (colhidos nos passeios). Por ultimo os animais da floresta, como esquilos, pássaros. 



Fiz uma caixa com água e ela colocou o colorante alimentício azul e “criou” o mar (vale um sapo na ausência de seres marinhos!). O efeito da cor azul misturar-se na água é, por si só, fascinante. Vale a experiência visual de a água mudar de cor. Eu separei algumas pedras e conchas, pois era tudo que havia em casa e que poderia representar o ambiente marinho. Ela pegou alguns personagens, “montou” o cenário e criou historias. Entendeu que ilha é um pedaço de “pedra” cercada de água por todos os lados.

E dai que também tem a versão “mesa sensorial” ou mesa de trabalho. Normalmente este tipo de mesa é vendido em sites especializados em educação Montessori e dificilmente será encontrada em lojas de brinquedos. A solução foi fabricar uma. E deu certo. Fizemos uma mesa a custo zero com o seguinte material:
* Uma mesa (escolhemos uma pequena e quadrada. Vantagem para a praticidade de transporta-la para qualquer peça da casa);
* Um recipiente/organizador de plástico;
* Serra para cortar a madeira (a mesa utilizada é de papelão bem rígido).


A principio optamos por colar a caixa na mesa, mas desistimos da ideia. Ficou mais interessante e pratico ter uma caixa “móvel” para ser utilizada em outras ocasiões. Fizemos três furos com o diâmetro dos copos de plástico para servirem de recipientes, mas isso é opcional.

A vantagem é que a criança pode brincar em pé ou sentada e o proposito de mil e uma atividades continua valendo.

Percebi que a "mesa sensorial" cai bem para as atividades da vida pratica, como lavar roupas e a louça. Alias, motivo para um outro post.

Lavando as roupinhas das bonecas

Lavando as suas panelinhas

E brincar na areia, num espaço menor também ficou legal.





Fonte: http://psico09.blogspot.com.br