segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Como o autismo ajudou Messi a se tornar o melhor do mundo

Os sintomas da Síndrome de Asperger trabalharam a seu favor.
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Messi é autista. Ele foi diagnosticado aos 8 anos de idade, ainda na Argentina, com a Síndrome de Asperger, conhecida como uma forma branda de autismo. Ainda que o diagnóstico do atleta tenha sido pouco divulgado e questionado, como uma maneira de protegê-lo, o fato é que seu comportamento dentro e fora de campo são reveladores.
Ter síndrome de Asperger não é nenhum demérito. São pessoas, em geral do sexo masculino, que apresentam dificuldades de socialização, atos motores repetitivos e interesses muito estranhos. Popularmente, a síndrome é conhecida como uma fábrica de gênios. É o caso de Messi.
É possível identificar, pela experiência, como o autismo revela-se no seu comportamento em campo — nas jogadas, nos dribles, na movimentação, no chute. “Autistas estão sempre procurando adotar um padrão e repeti-lo exaustivamente”, diz Nilton Vitulli, pai de um portador da síndrome de Asperger e membro atuante da ong Autismo e Realidade e da rede social Cidadão Saúde, que reúne pais e familiares de “aspergianos”.
“O Messi sempre faz os mesmos movimentos: quase sempre cai pela direita, dribla da mesma forma e frequentemente faz aquele gol de cavadinha, típico dele”, diz Vitulli, que jogou futebol e quase se profissionalizou. E explica que, graças à memória descomunal que os autistas têm, Messi provavelmente deve conhecer todos os movimentos que podem ocorrer, por exemplo, na hora de finalizar em gol. “É como se ele previsse os movimentos do goleiro. Ele apenas repete um padrão conhecido. Quando ele entra na área, já sabe que vai fazer o gol. E comemora, com aquela sorriso típico de autista, de quem cumpriu sua missão e está  aliviado”.
A qualidade do chute, extraordinária em Messi, e a habilidade de manter a bola grudada no pé, mesmo em alta velocidade, são provavelmente, segundo Vitulli, também padrões de repetição, aliados, claro, à grande habilidade do jogador. Ele compara o comportamento de Messi a um célebre surfista havaiano, Clay Marzo, também diagnosticado com a síndrome de Asperger. “É um surfista extraordinário. E é possível perceber características de autista quando ele está numa onda. Assim, como o Messi, ele é perfeito, como se ele soubesse exatamente o comportamento da onda e apenas repetisse um padrão”. Mas autistas, segundo Vitulli, não são criativos, apenas repetem o que sabem fazer. “Cristiano Ronaldo e Neymar criam muito mais. Mas também erram mais”, diz ele.
Autistas podem ser capazes de feitos impressionantes — e o filme Rain Man, feito em 1988, ilustra isso. Hoje já se sabe, por exemplo, que os físicos Newton e Einstein tinham alguma forma de autismo, assim como Bill Gates.
Também fora de campo, seu comportamento é revelador. Quem já não reparou nas dificuldades de comunicação do jogador, denunciadas em entrevistas coletivas e até em comerciais protagonizados por ele? Ou no seu comportamento arredio em relação a eventos sociais? Para Giselle Zambiazzi, presidente da AMA Brusque, (Associação de Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas de Brusque e Região, em Santa Catarina), e mãe de um menino de 10 anos diagnosticado com síndrome de Asperger, foi uma revelação observar certas atitudes de Messi.
“A começar pelas entrevistas: é  visível o quanto aquele ambiente o incomoda. Aquele ar “perdido”, louco pra fugir dali. A coçadinha na cabeça, as mãos, o olhar que nunca olha de fato. Um autista tem dificuldade em lidar com esse bombardeio de informações do mundo externo”, diz Giselle. Segundo ela, é possível perceber o alto grau de concentração de Messi: “ele sabe exatamente o que quer e tem a mesma objetividade que vejo em meu filho”.
Giselle observou algumas jogadas do argentino e também não teve dúvidas:  “o olhar que ‘não olha’ é o mesmo que vejo em todos. Em uma jogada, ele foi levando a bola até estar frente a frente com um adversário. Era o momento de encará-lo. Ele levantou a cabeça, mas, o olhar desviou. Ou seja, não houve comunicação. Ele simplesmente se manteve no seu traçado, no seu objetivo, foi lá e fez o gol. Sem mais”.
Segundo Giselle, Messi tem o reconhecido talento de transformar em algo simples o que para todos é grandioso e não vê muito sentido em fama, dinheiro, mulheres, badalação. “Simplesmente faz o que mais sabe e faz bem. O resto seria uma consequência. Outra aspecto que se assemelha muito a meu filho”.
Outra característica dos autistas, segundo ela, é ficarem extremamente frustrados quando perdem, são muito exigentes. “Tudo tem que sair exatamente como se propuseram a fazer, caso contrário, é crise na certa. E normalmente dominam um assunto específico. Ou seja, se Messi é autista e resolveu jogar futebol, a possibilidade de ser o melhor do mundo seria mesmo muito grande”, diz ela.
A ideia de uma das maiores celebridades do mundo ser um autista não surpreende, mas encanta. Messi nunca será uma celebridade convencional. Segundo Giselle, ele simplesmente será sempre um profissional que executa a sua profissão da melhor forma que consegue — mas arredio às badalações, às entrevistas e aos eventos.  “Ele precisa e quer que sua condição seja respeitada. Nunca vai se acostumar com o assédio. Sempre terá poucos amigos. E dificilmente saberá o que fazer diante de um batalhão de fotógrafos e fãs gritando ao seu redor. De qualquer modo, certamente a sua contribuição para o mundo será inesquecível”, diz ela.

Fonte:  http://www.diariodocentrodomundo.com.br

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Confeccionando ALFABETO BRAILLE: Celas Braille Confeccionadas com Material de Sucata




As letras em Braille são formadas a partir da combinação de seis pontos que compõem o que é chamado de cela Braille. A As letras em Braille são formadas a partir da combinação de seis pontos que compõem o que é chamado de cela Braille. A cela é formada por duas colunas e três linhas de pontos. A localização dos pontos é dada de cima para baixo, primeiramente na coluna da esquerda, pelos pontos 1, 2, 3 e posteriormente na coluna da direita pelos pontos números 4, 5 e 6. Cada combinação de pontos em relevo forma, portanto, determinada letra ou sinal de pontuação. A letra C, por exemplo, é formada pelos pontos 1 e 4, como mostra a Figura 1.


Seguindo o modelo da Figura 1: os círculos em negrito representam os pontos da cela Braille.
A combinação desses pontos formam 63 caracteres que simbolizam as letras do alfabeto convencional e suas variações como os acentos, a pontuação, os números, os símbolos matemáticos e químicos e até as notas musicais. Para os cegos poderem ler números ou partituras musicais, por exemplo, basta que se acrescente antes do sinal de 6 pontos um sinal de número ou de música.








Abaixo temos o exemplo de algumas palavras escritas em Braille:

bala, nada, perfume, pé, vida, amor.











 Para a alfabetização, deve-se utilizar diversos tipos de materiais concretos. É interessante também a utilização de materiais de sucata onde elas possam colaborar na confecção; além de motivar a criança ainda auxilia no desenvolvimento e refinamento tátil...
Celas Braille confeccionadas com material de sucata:








Está escrito: capa






Está escrito: ba













Está escrito: la













Fonte: http://dvsepedagogia.blogspot.com.br

sexta-feira, 7 de junho de 2013

MÁQUINA BRAILLE



MÁQUINA BRAILLE: AGORA SERÁ BRASILEIRA
São meninos e meninas que têm os mesmos direitos de qualquer outra criança, inclusive o de aprender a ler e a escrever. No caso das crianças com deficiência visual, é fundamental o acesso à Máquina Braille. Criada há mais de 50 anos nos Estados Unidos, ela representa para o cego o que a caneta ou o lápis significam para a vida diária da pessoa com visão normal.No entanto, seu preço entre 600 a 700 dólares faz com que chegue ao nosso país, com impostos e custos comerciais adicionais, entre 5.000 a 6.000 reais. “É um valor incompatível com a realidade brasileira. Foi por isso, e pelo convívio com nossa filha cega, Lara, que desde a fundação da Laramara, há 14 anos, perseguimos obsessivamente o projeto de nacionalização da Máquina Braille”, enfatiza Victor Siaulys, presidente do Conselho Deliberativo da instituição.



quinta-feira, 6 de junho de 2013

Complementações Curriculares Específicas


SOROBÃ

MATEMÁTICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Dependendo do nível do funcionamento visual, os procedimentos diferirão de modo a proporcionar também os meios necessários para a aprendizagem. Cabe ao professor proceder de forma a não caracterizar interesse especial pelo aluno ou superproteção, mas atendê-lo conforme suas necessidades específicas para que tenha acesso ao conteúdo desenvolvido em sala de aula. A propósito, sugerimos, como norma, os seguintes procedimentos:

• expressar verbalmente, sempre que possível, o que esteja sendo representado no quadro;
• verificar se o aluno acompanhou a problematização e efetuou seu próprio raciocínio;
• dar tempo suficiente para o aluno levantar dúvidas, hipóteses de resolução do problema e
demonstração do raciocínio elaborado;
• procurar não isentar o aluno das tarefas escolares, seja em classe ou em casa;
• recorrer ao professor especializado, no sentido de valer-se dos recursos necessários em tempo, a
fim de evitar lacunas no processo de aprendizagem da Matemática.
A idade em que ocorreu a deficiência do aluno é fator de fundamental importância para o trabalho do professor, considerando-se que, via de regra, a criança que vê vivência situações variadas e com mais freqüência do que a deficiente, o que lhe dá uma bagagem maior de informações, que poderão
influir diretamente no rendimento escolar.
Conceitos espaço-temporais, noções práticas relativas a peso, medidas e quantidades e outras utilizadas na vida, como compra e venda, troco, leitura de horas, cálculo de distâncias, etc.
são vivenciados, a todo momento, pelas crianças de visão normal.
Uma das formas de compensar essa desvantagem é a atuação dos professores, orientando os familiares do aluno deficiente para que lhe sejam proporcionadas tais vivências, indispensáveis na vida prática.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Programa amplia inclusão de pessoas com deficiência ao converter texto em áudio

O ministro da educação, Fernando Haddad, lançou nesta quarta-feira, 24, em Brasília a nova tecnologia Mecdaisy: um conjunto de programas que permite transformar qualquer formato de texto disponível no computador em texto digital falado. A ferramenta está disponível gratuitamente no portal do ministério.

Por meio do acesso ao Mecdaisy, qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento em computação pode produzir livros digitais falados e ler as obras com mais autonomia. “Esse é um passo importante para fortalecer a educação inclusiva porque a ferramenta permite o manuseio do livro falado e navegabilidade simplificada”, sintetizou Haddad.

Projeto MecDaisy - Acesse aqui e saiba mais

Acesse aqui o instalador do MEC/DAISY

Leia mais...
Nova tecnologia torna livros acessíveis a alunos cegos


Quer ler a matéria na íntegra? Acesse aqui

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Software Hércules e Jiló



Conversando com alguns alunos do PROINESP esta semana na disciplina de Softwares Educativos que atendessem o publico da educação especial, um deles me falou sobre o Hércules e Jiló. Pesquisei na internet e abaixo trago informações e o link onde baixá-lo.
O software educativo "Hércules e Jiló" foi idealizado para servir de apoio a intervenções pedagógicas no campo das Ciências Naturais, abordando conceitos relacionados com os seres que existem na Terra (diversidade, características, classificação, relações tróficas, ambientes naturais e construídos etc.).
Hércules é o nome de um menino, Jiló é seu cachorrinho. Eles não existem de verdade, mas se transformaram em personagens principais de um programa de computador educativo, criado na Faculdade de Educação (FE) da Universidade de Brasília (UnB). O programa oferece dez jogos que podem ser utilizados pelas crianças no próprio computador ou fora dele, desde que sejam impressos em papel e montados, como dominós. “Nossa idéia é mostrar que as crianças com necessidades especiais são capazes de aprender”, afirma a professora Amaralina Miranda, especialista na área que conclui no ano de 2005 o doutorado sobre o assunto, na Universidade Nacional de Educação à Distância, em Madrid, na Espanha. No programa, as imagens são alegres e coloridas para chamar a atenção e despertar o interesse pelo aprendizado.

Quer saber mais sobre o software - acesse aqui.

Uma cópia da imagem do CD original do software está disponível para download e foi compactada no arquivo abaixo:

hjilo.zip

Após a descompactação, o arquivo de imagem (hjilo.nrg) deve ser gravado em um CD.


Fonte: Universidade de Brasilia

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Blindtube - O primeiro Portal de Entretenimento com Acessibilidade.














O BlindTube é um sítio de exibição de filmes criado para possibilitar o acesso às pessoas com deficiência.

No BlindTube, as pessoas comdeficiência visual têm à sua disposição o recurso à audiodescrição, através da qual, podem ouvir nos intervalos dos diálogos todos os pormenores que não são perceptíveis somente através da audição, tais como: as cenas sem diálogo, as reacções silenciosas, os cenários, os figurinos, as paisagens, entre outros.

As pessoas com deficiência auditiva dispõem de legendagem caption, na qual os símbolos indicam tudo o que está a acontecer no som do filme, como por exemplo, os ruídos, a música, quem está a falar…

Para as pessoas com deficiência motora é possível navegar somente através do teclado, sem a utilização do rato. Para quem preferir, também é possível assistir ao filme sem a utilização destes recursos.

O BlindTube exibe filmes de curta-metragem de todos os géneros, estilos e temáticas. O seu objectivo é proporcionar diversão, cultura e arte com acessibilidadea todas as pessoas.

Visite, divirta-se e divulgue: www.blindtube.com.br

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Conteúdos Educacionais Microsoft - Programa de Acessibilidade







O Programa de Acessibilidade disponível na página Conteúdos Educacionais da Microsoft tem por objetivo capacitar professores para o uso das TICs e da Tecnologia Assistiva no cotidiano escolar e para a personalização das ferramentas de facilidade de acesso dos sistemas operacionais Windows e seus aplicativos, visando a construção da autonomia e inclusão de alunos com deficiência – seja ela física, visual, auditiva ou de desenvolvimento.

Para ter acesso ao material basta realizar um simples cadastro.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

PROJETO MOTRIX


Olá pessoal, encontrei neste site mais esta maravilhosa oportunidade de trabalharmos com crianças e adultos deficientes físicos.

Se você deixa de ver a pessoa, vendo apenas a deficiência quem é o cego?
Se você deixa de ouvir o grito do seu irmão para a justiça, quem é o surdo?
Se você não pode comunicar-se com sua irmã e a separa, quem é o mudo?
Se sua mente não permite que seu coração alcance seu vizinho, quem é o deficiente mental?
Se você não se levanta para defender os direitos de todos, quem é o aleijado?
A atitude para com as pessoas deficientes pode ser nossa maior deficiência...
E a sua também.

(Autor desconhecido)



O MOTRIX é um software que permite que pessoas com deficiências motoras graves, em especial tetraplegia e distrofia muscular, possam ter acesso a microcomputadores, permitindo assim, em especial com a intermediação da Internet, um acesso amplo à escrita, leitura e comunicação. O acionamento do sistema é feito através de comandos que são falados num microfone. 

O uso do Motrix torna viável a execução pelo tetraplégico de quase todas as operações que são realizadas por pessoas não portadoras de deficiência, mesmo as que possuem acionamento físico complexo, tais como jogos, através de um mecanismo inteligente, em que o computador realiza a parte motora mais difícil destas tarefas. O sistema pode ser acoplado a dispositivos externos de home automation para facilitar em especial a interação do tetraplégico com o ambiente de sua própria casa. 

Saiba mais e faça o download no site do Projeto

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Ferramentas de Acessibilidade do Windows XP

Parte 1: Lente de aumento e Teclado Virtual


Lente de Aumento

A Lente de Aumento, assim como todos os outros utilitários das Ferramentas de Acessibilidade, se encontra em Menu Iniciar > Programas > Acessórios > ferramentas de Acessibilidade. Basta clicar no atalho para o programa ser iniciado.





A primeira tela da lente de aumento explica qual a sua função: proporcionar uma melhor leitura para pessoas com deficiência visual. Caso você queira que esta tela não se abra mais quando o programa for iniciado, marque a opção Não exibir esta mensagem novamente.











Na parte superior da tela, uma barra horizontal mostrará o texto de maneira aumentada e basicamente este é o funcionamento da lente de aumento. Você pode clicar e arrastar a "lupa" para qualquer lugar na sua área de trabalho.






Nível de Ampliação: Aqui você define a "potência" da lupa e quanto maior o número, maior a lupa.

Seguir o cursor do mouse: Ao ser marcada, a lupa seguirá o cursor do mouse, mostrando o que estiver em volta do mesmo.
Seguir o foco do teclado: Ao ser marcada, a lupa aumentará o foco usado com o teclado (usualmente com a tecla Tab, em caixas de diálogo)
Seguir a edição de texto: Ao ser marcada, a lupa aumentará o texto que estiver sendo digitado no momento.

Configurando a Lupa - Inverter cores: Ao ser marcada, as janelas mostradas na lupa aparecerão com cores bem contrastantes, para ajudar pessoas com deficiências graves na visão. Iniciar minimizado: Fará com que a janela de apresentação inicie-se minimizada. Mostrar 'Lente de aumento': A lente não é mostrada quando a opção está desmarcada.





















Teclado virtualEsta ferramenta foi feita para os usuários que sofrem alguma dificuldade manual para usar o teclado. Quando aberta, uma tela semelhante à tela de abertura da lente de aumento será aberta. E o procedimento para que ela não se abra mais também é o mesmo:











Agora você está de cara com um teclado virtual. Para usá-lo, basta clicar na tecla correspondente, com o foco na janela que você deseja "digitar" o texto. O programa permite até que você modifique o tipo de teclado. No menu Teclado você encontrará as opções para modificar a quantidade de teclas.









Como você pode perceber na imagem acima, também existem as opção Teclado Padrão e Teclado Avançado. Na foto abaixo você tem uma foto do teclado virtual no modelo padrão (sem a parte numérica na extremidade esquerda).











O teclado virtual também lhe dá a opção de mudar a forma de digitar e não apenas com o clique do mouse. Basta ir em Menu Configurações > Modo de digitação (no Menu Configurações há outras opções relacionadas a configuração do teclado virtual, vale a pena você dar uma espiada).

Clique para selecionar: A opção padrão do teclado, na qual você clica em alguma tela para que ela seja digitada.
Focalizar para selecionar: Esta opção permite que uma tecla seja digitada apenas mantendo o cursor do mouse pousado sobre ela. Em Tempo mínimo para focalizar você irá configurar o tempo que o cursor ficará pousado para que a tecla seja considerada como digitada.
Joystick ou tecla para focalizar: Esta opção não é muito utilizada, mas ela é parecida com a opção acima, porém você usaria um joystick para escolheras teclas.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Jogos de computador para cegos


Não sei se esta é uma realidade conhecida pela maioria de entre vós mas decidi escrever este artigo para dar a conhecer e talvez para orientar alguns possíveis novos interessados para este novo mundo que é uma fonte de bem-estar que nos transmite um sentimento de muita igualdade principalmente para os jovens como eu!
Eu em criança, como muitas crianças cegas tinha sempre o desejo incontrolável de ser igual aos outros e de fazer tudo o que os meus amigos faziam. Nessa altura todas as crianças passavam muito tempo a jogar computador e eu claro não conseguia.

Mas agora tudo mudou, muitos produtores (a maioria de países anglo saxónicos) criaram o fenómeno dos “acessible games” ou seja jogos que são totalmente acessíveis para pessoas sem visão.
E porquê? Simplesmente porque estes são jogos totalmente áudio onde a informação é totalmente sonora.

Para começar gostaria de indicar um site que digamos é o site da comunidade de jogadores e produtores de jogos para cegos:
Este site (de língua inglesa) tem informação sobre todos os jogos existentes bem como descrições e links para o download dos mesmos. É uma excelente fonte para principiantes porque tem tudo o que devemos saber para nos orientarmos consoante os nossos gostos.
Não vou aqui dizer nem descrever os tipos de jogos que existem porque precisaria de escrever um artigo muito longo que poderia ser algo monótono mas diria para dar uma ideia que existem em versão áudio todos os tipos de jogos que existem para as pessoas com visão.

Em seguida vou citar um portal que tem um excelente jogo que é um simulador de corridas que está traduzido em português. O jogo chama-se Top Speed 2 e pode ser encontrado em:

www.playinginthedark.net

Outros jogos que são muito interessantes podem ser encontrados em páginas como:

www.kitchensinc.net
www.pb-games.com
www.vipgameszone.com
www.gmagames.com
www.lighttechinteractive.com
www.l-works.net

Existem muitos outros mas não seria interessante indicá-los todos porque seria uma lista interminável: apenas falei naqueles que me parecem ser os melhores. Se o tema interessar volto a escrever com mais informações.
Antes de terminar gostaria de mencionar um jogo on-line que está a ganhar cada vez mais adeptos que é um jogo que não é especificamente pensado para cegos mas que é perfeitamente acessível para os nossos leitores de ecrã e ainda por cima está traduzido em muitas línguas entre as quais o português. Neste jogo totalmente gratuito que é jogado no browser da Internet, somos um treinador de uma equipa de futebol e acompanhamos a nossa equipa na liga contra outros utilizadores. 
Joga-se em: www.hattrick.org

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Dez Razões para Adultos buscarem seu diagnóstico de síndrome de Asperger





Síndrome de Asperger (SA) é uma forma de autismo de alto funcionamento que só se tornou um diagnóstico "oficial" em 1994. Isso significa que muitos adultos com SA nunca foram diagnosticados.


O diagnóstico pode fornecer um quadro para organizar-se e a compreender e aprender sobre os desafios comportamentais e emocionais que talvez parecessem inexplicáveis até este momento. Isso pode diminuir a vergonha, levar a um maior senso de comum e iniciar o processo de aprender a viver mais adaptativamente com o cérebro de um Asperger. Pode também servir ajuda em outros aspectos da sua vida e a compreende-lo e responder de forma diferente.


1. Síndrome de Asperger pode ficar no caminho da sua carreira.


Você parece nunca conseguir um emprego que reflete suas habilidades, mesmo que todas as credenciais são ótimas no papel. Ou você está preterido em promoções regularmente, porque você simplesmente não entende a política do escritório. O problema pode ser SA.


2. Síndrome de Asperger pode ficar no caminho do começo das suas amizades


Você tem dificuldade de fazer e / ou manter amigos, e não sabe porquê. Ou seus amigos estão interessados apenas em você quando você está envolvido em uma atividade que você compartilha, mas você não constroem uma relação pessoal. O problema pode ser SA.


3. Síndrome de Asperger pode ser a razão Você ser "Obsessivo" em determinados temas


Você foi chamado de "obsessivo" ou "fanático", mas você sente que está muito interessado em apenas um tópico incrivelmente fascinante. Você gostaria de descobrir se você está certo ou errado, e fazer uma boa decisão sobre a possibilidade de tentar expandir os seus interesses. Seria útil saber se você tem como.


4. Síndrome de Asperger pode dificultar Seu Estilo e vida Social


Festas e eventos sociais são uma ótima maneira de conhecer pessoas e elas podem ser essenciais para os negócios, namorar, e até mesmo um casamento feliz. Mas se você não sabe onde ficar, como entrar em uma conversação, o que vestir ou se você está falando muito alto, você pode precisar de ajuda e apoio para participar e se divertir. E o problema pode ser SA.


5. Síndrome de Asperger pode dificultar seu Romance


Você conheceu alguém especial. Você está interessado em fazer investir em um relacionamento. E Agora? Namorar é difícil para qualquer um, mas se você tem SA namorar pode ser completamente desconcertante. Precisa de ajuda? Pode ser necessário começar com um diagnóstico AS.


6. Síndrome de Asperger poderia ser a razão Você é ter algum tipo de fobia


Você fica facilmente “esmagada(o)” a qualquer momento quando há muito estímulos sensoriais - mesmo no shopping, ou supermercado, ou em um evento esportivo. E você gostaria muito de fazer parte e de sentir-se confortável nessas atividades comuns. O problema pode ser SA, e uma parte da solução pode ser conseguir o diagnóstico.


7. Síndrome de Asperger pode estar tornando ou lhe afetando na escola(Faculdade).


Se você tem síndrome de Asperger, você pode ser um pensador visual em um mundo verbal.Com um diagnóstico SA você pode obter a ajuda e as acomodações que você precisa para concluir os cursos, testes e entrevistas para obter o trabalho que você deseja.


8. Síndrome de Asperger pode ser um problema em uma relação importante


Alguém de quem gosta sugeriu que você pode ter Síndrome de Asperger, e eles apontam para certos comportamentos que os “deixam louco”. Eles gostariam que você obtivesse uma opinião profissional e, de preferência, alguma ajuda. Poderiam estar certo? Somente um profissional experiente pode dizer se você tem como.


9. Um diagnóstico de Síndrome de Asperger pode ser a chave para obtenção de serviços que você precisa


Se você tem síndrome de Asperger, você pode ter encontrado problemas em toda a sua vida.Você pode ser isolado, com pouco dinheiro, ou mesmo na necessidade de uma melhor habitação. Um diagnóstico de SA pode qualificá-lo para uma variedade de serviços e benefícios federal.


10. Um diagnóstico da síndrome de Asperger pode abrir novas portas para amizades e ajuda de grupos ou comunidades


Você tem se sentido "diferente" a sua vida inteira. Agora, você está esperando para encontrar uma comunidade de pessoas que recebem quem você é, como você pensa, e até mesmo como você se sente. Um diagnóstico de SA pode dar-lhe o empurrão que você precisa para entrar em contato com grupos de apoio do autismo e se conectar com essa comunidade.


Fonte: http://autism.about.com/od/aspergerssyndrome/a/adultsaspergers.htm&usg=ALkJrhi0NvUBd

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Novo instrumento reduz tempo de aprendizado de braille


Desenvolvido por empresa apoiada pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP, objeto facilita a escrita e a leitura em braille

Por Elton Alisson

Agência FAPESP – A empresa Tece, fundada por uma bióloga que fez mestrado em Educação e atualmente realiza doutorado na Universidade Estadual Paulista (Unesp), desenvolveu uma nova versão de um instrumento de escrita manual para deficientes visuais – chamado reglete positiva – que diminui em 60% o tempo de aprendizado do sistema de escrita e leitura braille.

Apoiada pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, a empresa já iniciou a comercialização do produto no Brasil e tem planos de exportá-lo.

“Ao todo, o processo de desenvolvimento do produto e de testes em instituições que atendem pessoas com deficiência visual levou seis anos”, disse Aline Picolli Otalara, fundadora da empresa, à Agência FAPESP.

De acordo com a pesquisadora, a reglete convencional existe desde 1837, quando o francês Louis Braille (1809-1852) apresentou a primeira versão do instrumento, composto por duas placas de metal ou plástico, do tamanho de pequenas réguas escolares, fixas uma na outra por meio de uma dobradiça na lateral esquerda e com um espaço entre elas para permitir a introdução de uma folha de papel.

A placa superior possui diversos retângulos vazados, correspondentes aos espaços de escrita em braille (denominadas celas braille). Já a placa inferior tem celas braille com seis pontos côncavos (em baixo relevo) em cada uma delas.

Ao introduzir um instrumento (chamado punção) com uma ponta côncava dentro de cada retângulo vazado da placa superior da reglete, pressiona-se a folha de papel entre as duas placas contra os pontos côncavos dispostos na placa inferior para formar o símbolo braille correspondente às letras, números ou qualquer outro caractere que se deseja escrever. Com a folha virada do lado contrário ao que foi inserida na reglete, os deficientes visuais conseguem identificar, por meio da leitura tátil, os pontos em relevo formados pela pressão exercida pela punção na folha de papel.

Um dos problemas apresentados por esse dispositivo convencional, no entanto, é que, em razão de os pontos serem escritos em baixo relevo e a leitura ser realizada em alto relevo, a escrita é iniciada do lado direito e os caracteres são escritos espelhados de modo que, quando a folha é virada para a leitura (realizada da esquerda para direita), os caracteres estejam do lado correto.

Além disso, no Sistema Braille diversas letras são o reflexo invertido de outras. “Isso gera um esforço maior de quem está aprendendo o sistema braille, porque ele tem de aprender um alfabeto para ler e outro para escrever”, afirmou Otalara.

A fim de solucionar o problema, em 2007, por meio de um projeto apoiado pelo PIPE, a empresa fundada pela pesquisadora desenvolveu uma reglete esteticamente similar ao instrumento convencional, que possibilita escrever os pontos já em alto relevo.

Para isso, ao contrário da reglete convencional, a placa inferior do instrumento possui os seis pontos em cada cela braille na forma convexa (em alto relevo). Para marcá-los, a Tece desenvolveu um instrumento de punção similar a uma caneta sem ponta e com concavidade fechada que, ao ser pressionado sobre a folha de papel entre as duas placas da reglete, forma os pontos já em alto relevo.

Dessa forma, o usuário pode começar a escrever da esquerda para a direita, porque não é necessário virar a folha para ler o que foi escrito. Além disso, precisa aprender um único alfabeto tanto para ler como para escrever em braille.

“Nós desenvolvemos ao longo do projeto diversos protótipos do produto para avaliar alguns problemas técnicos causados por essa inversão na escrita braille”, disse Otalara.

Desafios

Um desses problemas técnicos, segundo a pesquisadora, é que os seis pontos em cada cela braille são muito próximos uns dos outros. Ao marcar um ponto convexo com a punção com a cavidade fechada para fazer um símbolo braille já em alto relevo, se formava um ponto “fantasma” que gerava dificuldade de leitura pelos deficientes visuais.

Na primeira fase do projeto, os pesquisadores da empresa criaram diversos protótipos, com diferentes distâncias entre os pontos, e realizaram uma série de testes de leitura dos textos escritos com o novo instrumento.

“O surgimento desses ‘pontos fantasmas’ foi o fator que tinha impedido, até então, o desenvolvimento desse material”, disse Otalara. “Todas as tentativas anteriores de desenvolver uma reglete que já escreve em alto relevo fracassaram porque não conseguiram superar essa etapa”, afirmou.

Curso na Unesp

Por meio de outro projeto, também com apoio do PIPE, a empresa realizou um curso de Sistema Braille para avaliar o tempo de aprendizado dos participantes por meio da reglete que desenvolveram.

O curso foi realizado com alunos do curso de licenciatura em pedagogia da Unesp de Rio Claro porque, de acordo com Otalara, era difícil encontrar alunos com deficiência visual que ainda não tivessem tido contato com a reglete comum. Por outro lado, os estudantes de pedagogia representam o maior público usuário desse tipo de material.

“Há um número muito maior de professores aprendendo Sistema Braille do que, de fato, deficientes cegos”, estima a pesquisadora.

Os pesquisadores constataram que, com a reglete que desenvolveram, foi possível reduzir em 60% o tempo de aprendizado do Sistema Braille pelos futuros educadores. Com isso, de acordo com Otalara, é possível diminuir o investimento em formação de professores, facilitar o aprendizado e aumentar o interesse do público, em geral, em aprender o Sistema Braille.

“Há uma impressão muito negativa sobre o Sistema Braille. As pessoas já imaginam que é difícil aprender e, quando viam que tinham de aprender a escrever ao contrário, o estigma, principalmente por parte de professores e crianças, aumentava ainda mais”, disse Otalara.

O produto foi batizado pela empresa de “reglete positiva”, porque, no ensino de braille, os pontos em baixo relevo, que não aparecem no momento da escrita, são chamados pontos negativos. Já os pontos em alto relevo – legíveis e sensíveis ao toque com a folha virada do lado contrário ao que os pontos foram marcados pela punção escrita – são chamados de pontos positivos.

Máquina de escrever em braille

Alguns dos resultados do projeto da reglete positiva serão utilizados pela empresa para desenvolver, também com apoio do PIPE, uma máquina de escrever em braille.

Muito utilizado por pessoas com deficiência visual tanto em sala de aula como no mercado de trabalho, o equipamento é relativamente caro – custa em torno de R$ 2 mil –, ainda não há nenhum fabricado no Brasil e sofreu poucas variações desde que foi criado.

A empresa brasileira pretende desenvolver uma versão nacional do produto, torná-lo mais viável economicamente e melhorar alguns aspectos técnicos, como peso e design, para diminuir o esforço do usuário para manuseá-lo e transportá-lo.

Para desenvolver o protótipo, a empresa fez uma parceria com o Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer, de Campinas, que possui um centro de prototipagem e um laboratório de tecnologia assistiva.

As seis teclas correspondentes aos pontos braille e o material impresso pelo equipamento seguirão o padrão da reglete positiva desenvolvida pela empresa.

Apesar de ser um pouco maior do que o utilizado na escrita em braille em baixo relevo (negativa), o novo padrão facilita a leitura tátil.

“Como os pontos são um pouco mais ‘gordinhos’, eles são mais parecidos com o braille impresso em livros”, comparou Otalara. “Por isso, são mais fáceis de serem lidos por meio da leitura tátil”, afirmou.

O desenvolvimento da reglete positiva resultou em um pedido de patente, que está em processo de avaliação. O produto é vendido no site da empresa – que possui recursos de navegação para pessoas com deficiência visual – e em lojas especializadas. 

Fonte: http://agencia.fapesp.br/